Projetada em um generoso terreno de 2.000 m² na cidade de Franca, no interior paulista, a Casa mcny possui um traço simples que integra os espaços exterior e interior. Os olhares, atraídos para o extenso jardim, percebem nitidamente o vale que a envolve e suas formas limpas e claras, tornando a visão do entorno mais aconchegante e trazendo a natureza para dentro da morada.
Os arquitetos Mariana Garcia, Filipi Oliveira e Lucas Gonçalves, sócios no escritório mf+arquitetos e responsáveis pelo projeto arquitetônico, desenvolveram um programa convidativo, acolhedor e satisfatório para os clientes. O clima da casa permite aos moradores estudar, trabalhar, receber os amigos, descansar e se divertir em todos os ambientes.
Como os dois terrenos têm uma extensão muito grande, optou-se pelo projeto térreo em um deles, e, para o outro, surgiu a ideia de fazer um bosque Mariana GarciaO partido inicial consistia em um sobrado, mas, graças ao tamanho dos dois lotes nos quais foi implantada, preferiu-se uma casa térrea de 516 m². Assim, todas as metragens foram aproveitadas sem desperdício. “Como os dois terrenos têm uma extensão muito grande, optou-se pelo projeto térreo em um deles, e, para o outro, surgiu a ideia de fazer um bosque”, conta a arquiteta Mariana Garcia.
“Os clientes plantaram vários tipos de árvores frutíferas e de vegetação rasteira. A residência desfruta também de uma paisagem bem bonita, porque está localizada no fim do condomínio, abrindo-se para uma vista ampla”, complementa o arquiteto Lucas Gonçalves.
A Casa mcny foi elevada sobre o lote para que os proprietários tirassem proveito da bela paisagem interiorana. A sua cobertura plana foi também transformada em um telhado verde com deck de madeira, para melhor apreciação do entorno.
A residência conta com um programa básico tradicional para seu layout interno. “Ela tem duas suítes – uma de visita e a do casal. As salas de jantar e estar são integradas. A cozinha interna serve para o uso do dia a dia, e há, ainda, a parte de serviço, com lavanderia”, descreve o arquiteto Filipi Oliveira.
O setor gourmet, um grande atrativo da casa, estende-se pelo jardim externo e integra os dois lados do projeto. “De um deles, na entrada, colocamos um banco em concreto, do qual se avista a parte interna das salas”, expõe a sócia.
Oliveira também detalha que uma lateral do espaço gourmet tem portas de aço embutidas na parede de concreto. “Esse vão se abre para a entrada, de modo que as pessoas cheguem por esse espaço”, indica. O outro lado, com portas de alumínio e vidro também embutidas nas paredes, integra-se à piscina e ao grande deck.
Além disso, os quartos da Casa mcny também se incorporam à piscina.
Para Gonçalves, o projeto de paisagismo auxilia na eficiência e no conforto térmico dos ambientes externos. Um dos fatores enfatizados é a ventilação cruzada. “Este é um aspecto muito importante na residência, porque garante a ela esse ar tropical de brasilidade”, observa.
Ao mesmo tempo em que se transforma em uma ampla varanda, a sala de estar é outro espaço banhado por ventos naturais.Nesse projeto, temos o uso do concreto aparente, que é um material rústico, e, ao mesmo tempo, tem uma pegada bem moderna Filipi Oliveira “Os quartos têm portas-janelas que vão do piso ao teto, compondo uma abertura total do pé-direito. Temos, ainda, brises. À noite, pode-se deixá-los fechados e ainda assim obter uma boa ventilação”, afirma Oliveira.
Trata-se, além disso, de um projeto totalmente automatizado. Os moradores controlam a iluminação, as cortinas e o sistema de ar-condicionado usando os seus celulares. Para isso, todos os ambientes foram revestidos com um forro de gesso que percorre toda a casa, para que os equipamentos fiquem “guardados” dentro da laje e do forro.
“Os materiais utilizados são atemporais. A residência continuará contemporânea daqui a anos, que é a proposta do seu projeto”, revela Gonçalves.
A questão da naturalidade material nos revestimentos foi importante para a conclusão da Casa mcny, que exibe pedra na piscina, madeira no deck e portas em aço corten, todos materiais utilizados em seus estados brutos. Essa foi a solução encontrada pelos arquitetos para garantir que, com o tempo e a deterioração, o conjunto permaneça embelezando a casa. “Utilizamos também ladrilho hidráulico, trabalhando o desenho e as cores pensados para aquele espaço”, descreve, ainda, Oliveira.
“Nesse projeto, temos o uso do concreto aparente, que é um material rústico, e, ao mesmo tempo, tem uma pegada bem moderna”, finaliza o arquiteto.
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