O objetivo dos clientes para o projeto arquitetônico do Módulo Rebouças era construir em um terreno de esquina do bairro de Pinheiros, em São Paulo, um edifício de escritórios que contribuísse para a renovação da região. Além disso, ele deveria promover uma relação da edificação com o entorno e os seus usuários.
“O jogo de transparência e opacidade entre os painéis de fechamento externo é o destaque da obra, assim como o vazio central, que transporta para o interior a variação de luminosidade no decorrer do dia”, relata o arquiteto Renato Dal Pian, do escritório Dal Pian Arquitetos, responsável pela concepção
A fachada do edifício foi revestida por um conjunto de caixilhos que alternam módulos envidraçados com vedações opacas e painéis de alumínio composto nas cores cinza e amarela. Os módulos envidraçados foram dispostos de forma que todas as unidades recebam a mesma porcentagem de ventilação e iluminação natural.
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O edifício do Módulo Rebouças foi construído como um cubo transpassado por um contínuo vazio central, para o qual se voltam as áreas comuns, tais como a recepção, o salão e as circulações coletivas, que estão presentes em todos os andares.
O prédio foi fundado em um terreno de geometria quadrada e é composto por 46 unidades de escritório, um teatro e três subsolos para o uso das garagens e das áreas técnicas.
No nível de acesso, foi criado um jardim interno, exatamente na projeção do vazio. As floreiras nos pavimentos de escritórios, assim como os jardins no térreo e na cobertura, integram o verde aos ambientes de trabalho.
As unidades de escritório se articulam ao redor desse espaço e são distribuídas ao longo de eixos de circulação que se alternam em cada pavimento. “A diversidade de espaços e vazios intercalados pelos jardins proporcionou aos usuários interpretações variadas dos acontecimentos internos”, comenta o arquiteto.
Internamente, os ambientes do Módulo Rebouças permitem a flexibilidade de layout e das condições estruturais e arquitetônicas, possibilitando a singularização das unidades. O andar térreo é permeável e receptível à fluidez urbana, procurando inserir de forma harmônica o edifício no entorno.
As circulações e os espaços de uso comum são transparentes e de fácil leitura por parte dos usuários. “É um projeto extrovertido e amigável, que procura estimular o encontro, a convivência e a sociabilidade”, conclui Dal Pian.
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