Ambientes amplos, claros e integrados. Esses foram os conceitos que nortearam o escritório Salles & Aldworth Arquitetura e Design para desenvolver as linhas retas e a objetividade presentes no projeto de interiores do Corporativo Estaiada, que abriga uma empresa multinacional. A vista privilegiada do conjunto para um dos pontos mais famosos de São Paulo, a Ponte Estaiada, foi a grande influência para o posicionamento das salas de reunião e áreas de descanso da empresa.
As arquitetas Fiorella Aldworth e Thaís Salles contam que a premissa da marca corporativa era seguir o padrão global de acabamentos, cores e comunicação visual da empresa. “Apesar de a laje ter um formato não convencional, bastante difícil de trabalhar, criamos espaços e áreas de circulação amplos, que se abrem para a vista espetacular que o edifício proporciona”, completam.
A dupla revela que enfrentou apenas uma dificuldade durante o processo: o formato da planta do conjunto. “Para amenizar os cantos vivos, posicionamos áreas de café e descompressão nessas regiões. Criamos um desenho de forro que segue o mesmo sentido do layout do mobiliário”, explicam. “Para um forro mais ‘limpo’, as luminárias de lâmpadas de LED foram produzidas com grelha perfurada para retorno do ar condicionado”, complementam.
O escritório precisava seguir os guidelines, ou o padrão global, da multinacional, que estabelecem um ambiente prático, a utilização de cores específicas, comunicação visual em locais estratégicos, áreas de circulação generosas e iluminação geral simplificada. Os espaços não podiam ostentar materiais nem gerar hierarquia entre os colaboradores.
“O estilo deveria ser simples e claro. Para quebrar um pouco as cores mais frias exigidas nos guidelines da empresa, foi utilizada a madeira em tom mais claro”, mencionam as arquitetas.
Para esse projeto, o escritório personalizou as luminárias para que atendessem às exigências luminotécnicas para a área de trabalho, com lâmpadas de LED para melhor eficiência termoenergética e retorno de ar condicionado, dimensionado de acordo com o cálculo térmico do espaço. Tudo isso dentro de um budget pré-estabelecido pelo cliente.
As duas principais salas de reunião, cada uma com capacidade para 10 pessoas, possuem divisórias articuláveis entre elas, podendo assim ser integradas por completo, não só no que diz respeito ao mobiliário, mas ao áudio e vídeo também. “Quando as salas estão integradas, o sistema se une automaticamente. Quando separadas, cada uma trabalha de forma autônoma, com seu monitor e caixas acústicas”, explicam as sócias.
A integração dos espaços se fez também pela utilização de vidros, em paralelo com os demais materiais predominantes, como carpete, piso vinílico, forro modular mineral e MDP melamínico madeirado. “Os vidros foram utilizados como divisórias e portas de acesso, o MDP para o mobiliário, o carpete em áreas de trabalho e o vinílico em áreas de café, descanso e circulação”, concluem as arquitetas.
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