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Casa FK

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A reforma da Casa FK é marcada por linhas sóbrias, sem grandes excessos, associadas à uma releitura contemporânea dos materiais naturais e suas aplicações. Imagens: Pedro Vannucchi
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Bem-vinda, nova casa


Texto: Nathalia Lopes

Com projeto arquitetônico assinado pelo escritório COA Arquitetura, um antigo imóvel da Vila Madalena, em São Paulo, foi transformado em uma nova morada, inundada de luz e ventilação naturais.

Os principais objetivos da intervenção eram otimização dos espaços subutilizados, integração dos ambientes e renovação de acabamentos. Conhecendo essas demandas dos moradores, os arquitetos Eugenio Conte, Cassio Oba e Gabriel Cesar arregaçaram as mangas e deram início à reforma.

Principais medidas

De acordo com Eugenio Conte, os dois últimos pavimentos encontravam-se degradados e bastante compartimentados. Assim, entre as principais medidas estava a retirada de paredes para abrir os ambientes.

No térreo, onde estão sala de jantar, estar, cozinha e lavabo, a principal mudança foi a substituição de uma pequena sala nos fundos por uma varanda aberta com ar de deck (devido ao piso de madeira) que atua como uma extensão da sala de estar. “Nesta área, também propusemos um elemento em concreto moldado in loco com a função de jardineira para horta e banco para melhor acomodar eventuais convidados”, completa Conte.

Os corredores de circulação também ganharam aberturas mais generosas que promovem naturalmente maior ventilação cruzada. No pavimento superior, que conta com dois dormitórios, uma suíte e um lavabo, foi instalado um brise metálico com chapa perfurada que protege a incidência direta do sol, permite certa visibilidade, mas mantém a privacidade para a rua.

O deck atua como uma extensão da sala de estar Foto: Pedro Vannucchi 

Interior

“Trabalhamos o espaço interno procurando explorar alguns aspectos interessantes da antiga construção, como as paredes em tijolo maciço”, comenta Cássio Oba. Por isso, os arquitetos preferiram descascar a camada mais superficial do reboco e aplicar uma demão de pintura branca para que essa parede principal da residência fosse o pano de fundo para os objetos de decoração, quadros etc.

A madeira tauari foi escolhida para o piso na maior parte da casa, enquanto o ladrilho hidráulico ocupa as áreas sociais. “O projeto é resultado de uma leitura contemporânea dos materiais naturais e suas aplicações. Procuramos destacar os usos de cada material, por exemplo, o aço, que ganha uma cor específica”, finaliza Oba.

Desde o início do processo, o paisagismo foi um importante elemento para estabelecer a relação entre espaços internos e externos. O trabalho realizado junto ao paisagista procurou trazer os jardins externos para as áreas sociais da casa, preocupando-se também com a privacidade, no caso da vegetação que protege a interface com a rua e o acesso ao escritório, bem como a funcionalidade das pequenas hortas na área dos fundos.

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
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