Texto: Naíza Ximenes
No Alto do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), o escritório Cité Arquitetura projetou o edifício Igará, com mais de 2.800 metros quadrados de área construída. Segundo a equipe de arquitetos, o nome vem da palavra “Igarapava”, um termo de origem tupi que significa “Porto de Canoas”.
O Cité Arquitetura se baseou nesse conceito para criar um projeto que celebra a força da árvore. O embasamento do edifício simboliza raízes firmes, como um porto seguro, enquanto a estrutura, fluida e curvilínea, ascende em direção ao céu.
Para estabelecer o conceito despojado do projeto, as varandas ganharam uma estrutura sinuosa, com fechamento de vidro retrátil e integrada às salas e quartos. A proposta era conectar interior e exterior de uma maneira sutil, além de proporcionar espaços flexíveis aos moradores.
Essa caracterização também foi aplicada no design da fachada, que ganhou brises verticais marrons nos guarda-corpos. Já o terraço abriga a área de lazer do prédio, marcada por um paisagismo vigoroso. O marrom simboliza o tronco de uma árvore, enquanto o verde, no topo, representa a copa, que se expande.
Nos primeiros pavimentos, o gradil é mais concentrado e fechado, transmitindo sensação de solidez e fundamentação. Essa escolha arquitetônica realça a base do edifício, sugerindo enraizamento profundo e robustez. À medida que se sobe, o gradil se abre, revelando uma progressão fluida nos andares superiores, trazendo sensação de leveza e ascensão.
O interior do Igará é marcado por uma arquitetura neutra, contemporânea e sofisticada, com revestimentos claros e um toque de cor por conta do mobiliário. No lazer, o destaque é o terraço-jardim, que além de ter ganhado uma área de contemplação para o mar, também oferece uma interação com a natureza para os moradores através da horta.
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