Alinhado à filosofia ambiental e com a missão de inspirar os alunos, o partido do Colégio Positivo, em Curitiba, Paraná, adota várias estratégias sustentáveis, como, por exemplo, o aproveitamento dos platôs existentes para minimizar o impacto no local, a gestão de resíduos na obra, o aproveitamento da luz natural através de zenital e brises, a seleção de materiais, entre outros.
“O programa se organiza por meio de um monobloco linear onde estão alocadas as salas de aula e laboratórios. O volume irregular abriga as funções singulares, como biblioteca, administração e sala de professores; enquanto o pátio coberto articula os setores, sendo o grande espaço de convívio dos alunos. A permeabilidade visual é explorada sempre que possível, integrando o colégio ao conjunto da universidade”, conta Manoel Coelho, arquiteto autor do projeto.
A solução estrutural escolhida pelo escritório mescla o uso do concreto in loco no bloco linear às estruturas metálicas no volume irregular. “Nas vedações do trecho metálico foram utilizadas peles de vidro e painéis em telhas metálicas, trabalhadas de forma opaca ou perfurada, nos locais facilmente vistos. Ao mesmo tempo, foi aproveitada a entrada de luz natural para o ambiente do pátio, reforçada pela iluminação zenital do jardim interno e da escada principal de circulação vertical” relata Manoel.
Visto do exterior, o Colégio é um prisma regular de ângulos definidos que parece impermeável. Quem se aproxima a pé percebe que as empenas fechadas em cima abrem-se ao fluxo no nível do pedestre, integrando interior e exterior. Ao entrar no colégio, o usuário avistará os três andares de salas de aula à direita, a biblioteca envidraçada suspensa à esquerda e o setor esportivo da Universidade à frente.
O Colégio foi construído em cinco fases estruturais. “A primeira estabeleceu uma distribuição hipotética das funções, que primava pela definição das áreas que abrigariam a função-tipo e as funções singulares, como a biblioteca, em especial” explica. Na segunda, o arquiteto determinou a sala de aula com uma planta ortogonal simplificada e, depois, repetida.
“Na terceira fase, definiu-se o porte do edifício equivalente ao de um bloco didático da Universidade. Mas ‘seccionei’ o paralelogramo que caracteriza os blocos didáticos, de maneira que sobraram as salas de um lado e os corredores abertos para o pátio acompanhando o desnível do terreno”, explica Manoel Coelho.
A quarta etapa da metodologia dividiu de vez a área entre funções tipo (repetitiva), singular (a biblioteca, em posição de destaque, que caracteriza a instituição colegial) e a articulação entre ambas (uma passarela e o pátio, também designados como área de convívio). ” Para entender a totalidade dos edifícios, basta dirigir-se ao pátio do Colégio Internacional, que se assemelha ao átrio coberto do bloco da Pós-Graduação.
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