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Centro de Referência e Memória de Igatu

Centro de Referência e Memória de Igatu
Concreto e vidro compõem a estrutura do museu projetado pelos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, idealizado para guardar memórias e exaltar a vida. Imagens: Brasil Arquitetura
Centro de Referência e Memória de Igatu
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Centro de Referência e Memória de Igatu

História viva

Texto: Tais Mello

Não existe beleza maior em uma história do que ela ser preservada com todas as suas marcas – do apogeu à decadência – e reconhecida em todo o seu valor. Essa é proposta inédita do projeto de arquitetura do Centro de Referência e Memória de Igatu, distrito do município de Andaraí, Bahia, na chapada da Diamantina. O museu com cerca de 500 m², a cargo do escritório paulistano Brasil Arquitetura – Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci – será cravado em uma antiga área de garimpo de diamantes, que funcionou no século 18, hoje abandonada.

A intenção é resgatar a memória do lugar, cuja paisagem estonteante ainda guarda, por meio das ruínas, vestígios da ascensão e queda da atividade extrativista de diamantesMarcelo Ferraz “A intenção é resgatar a memória do lugar, cuja paisagem estonteante ainda guarda, por meio das ruínas, vestígios da ascensão e queda da atividade extrativista de diamantes”, justifica Marcelo Ferraz, um dos arquitetos responsáveis pela implantação do conjunto na entrada do parque histórico, Área de Proteção Ambiental (APA). Longe de reproduzir os moldes de um museu tradicional, “Este será um Centro vivo, que guardará e transmitirá às gerações futuras os traços e costumes da gente que ali viveu e ainda vive”, completa.

O Centro disseminará a cultura local, caracterizada pela transmissão oral da história. “Ele proporcionará, acima de tudo, a convivência entre moradores, visitantes e turistas. Evidenciará diferentes épocas na história do passado e do futuro, nos objetos, nos cacos de memória, no cascalho; a convivência entre pedra e água; entre pedras naturais e pedras construídas. Concreto e vidro, pedra moldada e pedra moída”, refletem os autores.

Vários museus, a mesma linguagem

Premiado na categoria Edifícios Institucionais, do Prêmio AsBEA 2012, o projeto está incluído em um plano maior, que engloba seis museus edificados pelo escritório Brasil Arquitetura em todo o País. São eles: Centro de Interpretação do Pampa (RS); Museu do Trabalho e do Trabalhador (SP); Museu Nacional da Cana de Açúcar (SP); Museu Cais do Sertão – Gonzaga (PE); Museu do Vinho (RS); e Centro de Referência e Memória de Igatu. Todas as construções são dotadas de uma arquitetura contemporânea, de linhas retas e limpas, livre de excessos e recheadas de conceitos sustentáveis.

Escritório

  • Local: BA, Brasil
  • Início do projeto: 2012
  • Área construída: 500 m²
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