O maior centro de distribuição/estoque do varejo farmacêutico na América Latina da rede de Farmácias Pague Menos tem, aproximadamente, 50 mil m² de área construída em um terreno com cerca de 150 mil m². Localizado de forma estratégica na região central do Brasil – por facilitar a logística em relação ao restante do País –, na cidade de Hidrolândia, região metropolitana de Goiânia, ele surge a partir da necessidade de ampliação da estrutura e da assinatura de um protocolo de intenções com o governo estadual de Goiás. O investimento é de R$ 50 milhões.
A ampliação do CD, que hoje tem 20 mil m², exigiu da equipe do escritório Luiz Deusdara Building Workshop Diante da magnitude da planta, era preciso criar um ambiente agradável de conviver Luiz Deusdara a definição de um partido arquitetônico que privilegiasse, acima de tudo, o conforto térmico e acústico dos funcionários. “Diante da magnitude da planta, era preciso criar um ambiente agradável de conviver, uma premissa básica nossa e, também, do grupo Pague Menos”, reflete o arquiteto Luiz Deusdara”. O cuidado com o funcionário na produção foi o diferencial da proposta; a partir desse ponto foram definidas todas as soluções do projeto que almeja a certificação verde.
O próprio layout da empresa reflete a preocupação com a qualidade de vida e o bem-estar. Os ambientes são livres de limites – com exceção das áreas que exigem mais privacidade, como o bloco administrativo – proporcionando mais integração entre todos. Mesmo onde há painéis-divisórias, eles são móveis, oferecendo liberdade na configuração do layout.
Para manter uma temperatura agradável na linha de produção e administrativa – estoques, recebimento/expedição e flow racks –, os profissionais investiram em um sistema de ventilação natural, dispensando o uso de ar-condicionado. A solução sustentável adotada surgiu a partir da construção de abas para circulação de ar no ambiente interno, que geram, consequentemente, um sombreamento nos estacionamentos e passeios ao longo de todo o perímetro do CD.
O sistema de troca de ar natural utilizado é seguido de outras soluções igualmente sustentáveis, uma Conseguimos dispensar o uso da iluminação artificial durante o dia por meio do sistema de cobertura, que oferece a possibilidade de trocar algumas bobinas de telha comum por telha translúcida Luiz Deusdara vez que minimizam os impactos ambientais. “Conseguimos dispensar o uso da iluminação artificial durante o dia por meio do sistema de cobertura, que oferece a possibilidade de trocar algumas bobinas de telha comum por telha translúcida. Assim ganhamos luminárias naturais diurnas e, à noite, usamos iluminação de LED, uma opção de baixo consumo”, explica Luiz Deusdara.
O paisagismo – importantíssimo para manter o conforto térmico em todas as áreas internas e externas – contempla a manutenção de plantas nativas, inclusive do próprio terreno. Para isso houve uma catalogação de todas as espécies existentes na área, dentre as quais a frondosa pau-brasil – Caesalpinia echinata, original da Mata Atlântica. Luiz é bem claro: “Nada de plantas exóticas, tudo foi nativo, uma forma de manter a riqueza vegetativa do lugar, valorizar a natureza e minimizar os impactos ambientais”.
Foram aplicadas duas vertentes estruturais dentro do CD. A primeira é a estrutura de contenção – uma ancoragem em concreto armado – necessária devido à presença de um meio subsolo e de uma cortina verde com 9 metros de altura logo na entrada do empreendimento. A segunda é o uso da estrutura metálica na construção dos dois blocos: administrativo (menor) e de produção (maior). A escolha do sistema construtivo deve-se à rapidez de execução, menor desperdício na obra e, consequentemente, à limpeza que a estrutura metálica proporciona ao canteiro – aspectos fundamentais a um empreendimento ecológico. O aço esteve presente em toda a estrutura, até mesmo no fechamento. As fachadas vão até 4,20 metros e exibem fechamento em blocos de concreto. Acima dessa estrutura fica a abertura construída para possibilitar a circulação de ar, com vedação feita com telha trapezoidal. Luiz Deusdara prevê a finalização da obra em um ano e meio. “A potencialização do tempo e status de construção econômica só será possível devido à otimização dos ambientes, escolha do sistema construtivo e bom gerenciamento da obra”, analisa o arquiteto.
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