Construída em um terreno de rara beleza, em Piracicaba, interior de São Paulo, a Casa Mangueira tem um projeto contemporâneo, assinado pelo arquiteto Celso Laetano, do escritório Celso Laetano Arquitetura.
Sua volumetria definida e seus planos envidraçados tiram proveito do verde ao redor e integram ambientes externos e internos, originando uma singela pintura arquitetônica na mata nativa.
De acordo com Laetano, as características do terreno – adquirido pelo cliente há 15 anos – impactaram significativamente no projeto arquitetônico da Casa Mangueira. "No fundo há uma mata de preservação permanente e, na frente, uma mangueira frondosa com mais de 30 anos, daí o nome da morada”, conta.
A residência foi projetada em dois pavimentos. No térreo encontram-se a área de lazer, formada por uma cozinha ligada à churrasqueira, e a área de serviços. Na parte de cima estão as suítes, sendo que todas elas possuem vista para as áreas verdes, tanto na frente quanto no fundo do lote.
A área social da casa, totalmente integrada e sem desníveis, tem amplas aberturas envidraçadas, tanto para a entrada principal, que circunda a mangueira, quanto para a piscina.
“A piscina também é um ponto interessante porque ela está praticamente encostada no fundo do terreno e foi toda executada em mosaico de vidro, da empresa vidrotil, em um tom verde, que integra com o gramado e com a mata. Ela tem bordas infinitas em todo seu contorno, de maneira que a grama se aproxima muito da água e forma uma coloração só”, expõe o arquiteto.
O térreo ganhou revestimento em mármore travertino romano em todo o piso, valorizando e uniformizando todos os espaços. Estes detalhes contribuíram para a personalidade e sofisticação do projeto de interiores.
O living é decorado com mobiliário contemporâneo e peças vintage, que foram colecionadas ao longo dos anos pelo morador. Um espelho da década de 1920, por exemplo, se contrapõe ao moderno painel de polígonos do artista Tadeu Rodrigues.
Com linhas retas e formas cúbicas, a arquitetura da Casa Mangueira se inseriu na paisagem, garantindo conforto visual dos mais diversos ângulos. As texturas foram exploradas com o uso de pedras e madeira, que trouxeram um aspecto ainda mais natural à residência.
A piscina tem bordas infinitas em todo seu contorno, a grama se aproxima muito da água e forma uma coloração só Celso LaetanoPara Laetano, a integração dos ambientes do térreo é o ponto curioso do projeto. Além de ser prática, cria uma infraestrutura mais ampla para a união dos ambientes. O home theater, por ter uma concepção mais intimista, é o único espaço que não foi tomado pela transparência.
O visual mais impactante da mata situa-se à poente. O arquiteto explica que houve uma preocupação em aplicar circulação e ventilação cruzada em todos os cômodos da casa. Com isso, foi preciso dosar e proteger as aberturas, deixando a visão livre e garantindo generosa iluminação natural durante o dia.
No pavimento superior da Casa Mangueira, há um jardim instalado sobre a laje da varanda que une as suítes dispostas em lados opostos.
O paisagismo, de autoria de Maria Paula Orlando, Gabriela Boscoli e Paula Varga, privilegia espécies tropicais e abraça a piscina em pastilha verde, unindo grama e água, como se fosse um lago. O projeto paisagístico conta com automação na iluminação, e faz parte dos 80% das lâmpadas LED usadas na residência.
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