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Casa Baroneza

Casa Baroneza
Uma casa iluminada, com farta ventilação e vista estonteante reúne em seu projeto uma equilibrada equação entre a geografia do lugar, o homem, o partido arquitetônico e a intérprete – a arquiteta Candida Tabet. Imagens: Rômulo Fialdini
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Profusão de horizontes

Texto: Tais Mello

Dos traços que foram surgindo espontaneamente da mãos da arquiteta Candida Tabet durante o Criei um projeto alinhado entre a situação do terreno – voltado para o Norte – e a arquitetura. Tínhamos como problema a forte insolação, então toda a casa foi projetada com brises que atenuam o calor e preservam a vista Candida Tabet processo de criação, nasceu um partido resumido em uma equilibrada equação que envolve geografia, homem, volumes e a intérprete – a arquiteta Candida Tabet. Exausta das próprias simetrias habituais, a profissional determinou a construção no condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista, São Paulo, guiada pela trajetória do sol. “Assumi o compromisso de evitar as minhas próprias mesmices, buscar experiências novas e provocar a rotina das pessoas que iriam conviver com os volumes propostos. Criei um projeto alinhado entre a situação do terreno – voltado para o Norte – e a arquitetura. Tínhamos como problema a forte insolação, então toda a casa foi projetada com brises que atenuam o calor e preservam a vista”, expõe Candida.

Véu protetor

Localizada no campo, em um terreno alto de 35 hectares, no fim do loteamento, com pouca vizinhança e próxima a um bosque de área muito verde e preservada, a obra prioriza a convivência familiar. Como a vista é ao Norte, toda a área social – living, pátio, piscina, terraço e churrasqueira – é voltada nesta direção, para poder desfrutar da situação sem sofrer com a posição do sol. Para conquistar a vista do horizonte, a arquiteta Candida Tabet controlou a incidência solar excessiva com a utilização de brises de madeira que envolvem toda a fachada como se fossem uma pele. “Ele parece solto da construção, unido à cobertura apenas por cabos finos, dando a impressão de um véu. É a marca da casa”, conclui. Feito de madeira, o brise filtra a luz e, ao mesmo tempo, projeta sombras no chão e nas paredes. Sua função é, também, evidenciar a cobertura, que avança a partir do interior da casa até a piscina. A ideia de usar pérgolas em vários cantos da residência surgiu do desejo da proprietária de inserir no projeto elementos com motivos gráficos. “Mas como fazer isso na arquitetura?”, refletiu Candida. A resposta veio com a junção de uma simples solução construtiva e a natureza. A combinação de luz e sombra, em várias posições, resultou no lindo gráfico de piso e parede revelado em apenas determinadas horas do dia.

A cobertura avança à frente da casa, chegando próxima à piscina Foto: Rômulo Fialdini 

Integração

O piso único de tijolo está presente em toda a construção. O living abre totalmente – unindo o pátio ao living, e integrando áreas externa e interna. A grande área externa expõe a churrasqueira e a piscina de borda infinita de onde é possível contemplar o verde que a circunda. Além da função estética, o pé-direito alto permite que o ar quente suba proporcionando conforto térmico à residência. Ao abrir portas e janelas, a ventilação cruzada dispensa o uso do ar-condicionado nos ambientes sociais, sendo necessário apenas nas seis suítes: duas no térreo – voltadas para hóspedes com mais idade, uma vez que a escada dificulta a locomoção – e quatro no primeiro pavimento.

Estrutura seca

Marcada pela exposição dos elementos construtivos – nesse caso tijolo e madeira – a construção foi O brise parece solto da construção, unido à cobertura apenas por cabos finos, dando a impressão de um véu. É a marca da casa Candida Tabet feita com estrutura seca, com vigas de madeira gigantes, livres de encaixes e acessórios metálicos, além de lajes de cobertura e piso intermediário também de madeira. “Esse tipo de esqueleto representa uma solução prática e seca, que prescinde do uso da água e do concreto”, explica Candida. Nas laterais, caixilhos repetem o material e estão presentes nos fechamentos das suítes. Toda a estrutura aparente é de madeira de eucalipto reflorestado, a casa não tem forro, e as junções entre um pilar e o outro são expostas. Candida explica que não foi usado qualquer eucalipto, trata-se de um laminado colado que possibilita trabalhar com vigas maiores.

Blocos independentes

A obra é feita em blocos separados, embora não fiquem visíveis à primeira vista. “Basta prestar atenção no corredor localizado entre um volume e outro, com coberturas separadas, para entender que esta é uma casa com muitos horizontes proporcionados pelas várias frestas laterais e frontais”, revela a arquiteta.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2008
  • Conclusão da obra: 2011
  • Área do terreno: 6000 m²
  • Área construída: 1127 m²

Ficha Técnica

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