O projeto contemporâneo de sistemas construtivos mistos e independentes, localizado em Chacras de José Ignacio, no Uruguai, combina estruturas de madeira e concreto, preservando a diversidade da arquitetura regional.
Nas áreas externas foram criadas pérgulas que, de acordo com a posição do sol, projetam sobre as grandes paredes um grafismo mutante na forma de luz e sombra. Os enormes volumes perpendiculares, projetados para o exterior e com a cobertura única e altíssima, definem as áreas de convívio comunitário.
Assinado pela arquiteta Cândida Tabet, do escritório que leva seu nome, o projeto tem ótima circulação. Salas e varandas estão interligadas por dois eixos comuns, transversal e longitudinal, conectando os moradores. “As empenas da fachada foram revestidas com tijolos sem rejunte para garantir o destaque do material. São elas que definem os quatro volumes principais que resultam nas áreas funcionais como cozinha, sala de jantar e suítes. Os tijolos, acumulados em um grande cubo criam um mosaico”, ressalta.
As amplas aberturas dos espaços internos proporcionaram à casa de veraneio o visual tradicional dos Pampas, facilitando a entrada do sol em todos os cômodos. As lajes de piso e assoalho do pavimento superior foram estruturados com madeira garapeira brasileira e os pergolados com pau roliço. “Utilizamos ardósia grafite – nossa pedra brasileira favorita – nas áreas molhadas para reforçar a arquitetura regional”, diz.
No centro da sala, uma inusitada lareira de pedra está locada como ilha, com sua coifa suspensa por finos cabos de aço. A passarela que circunda o pavimento superior utiliza 'inserts' metálicos na união da madeira com a estrutura de concreto, garantindo beleza na instalação construída em balanço.
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