Duas casas unificadas por uma imponente fachada de pedra e madeira cumaru, situadas em um terreno densamente ocupado por árvores de Pinus nativas, servem de refúgio a uma família no Valle do Bravo, Estado do México.
Quem assina o projeto desta composição monumental é o escritório Brag Arquitectos, que buscou atender a um desejo prioritário dos proprietários – estabelecer a maior proximidade possível da morada com a floresta circundante, diluindo barreiras entre interior e exterior.
De acordo com os arquitetos responsáveis, Santiago Morales Broc e Cristian Aguilar Gutierrez, 60% do terreno é ocupado com áreas verdes. Todas as árvores existentes foram respeitadas e serviram como premissas composicionais: os terraços foram pensados para incorporá-las como elemento central.
Para acentuar a sensação de imersão na floresta, ambas as casas foram alocadas na parte central dos fundos da propriedade – a cerca de 12 metros do acesso geral. Elas estão orientadas no sentido leste-oeste e contam com um programa distribuído em dois andares.
No térreo, encontram-se as áreas de lazer, estar e serviço, como acesso, jardim, terraço, salas de estar e de TV, cozinha, lavabo e despensa.
No andar de cima, ficam as áreas de descanso: quatro dormitórios em cada casa com seus respectivos banheiros e vestiários. Na parte posterior de uma das residências há também uma piscina.
O projeto arquitetônico entrelaça-se ao de interiores gerando ambientes funcionais, aconchegantes e amplos. Na sala de jantar, por exemplo, a madeira das portas da cozinha estende-se como um tapete e emoldura o ambiente, delimitando o espaço sem a necessidade de paredes.
Outro destaque fica por conta da escada, que é um elemento fundamental da composição: pendurada na laje superior com tensores, torna-se uma circulação permeável e uma transição harmoniosa entre os elementos do programa. Os degraus foram feitos de basalto e as bordas de madeira.
Mármore importado, basalto e madeira são materiais de destaque no projeto e, devidamente combinados, trazem equilíbrio, conforto e sofisticação aos ambientes.
As fachadas foram revestidas de basalto e cumaru, uma madeira tropical da América do Sul. Os grandes fechamentos em vidro isolante conferem permeabilidade e regulam a temperatura e a acústica no interior do programa.
Nos pavimentos térreos, predominam materiais pétreos, como mármore marfim creme nacional e mármore Thassos (tonalidade branca). Já no piso superior, a madeira foi bastante usada, propiciando conforto e acolhimento.
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