O Edifício Landmark, projetado pelo escritório Botti Rubin Arquitetos Associados, destaca-se na paisagem da Avenida Nações Unidas, em São Paulo, por inúmeros motivos, entre eles a horizontalidade do bloco edificado, em contraponto ao seu entorno e à composição de formas com distintos materiais em uma mesma tonalidade. Com esse projeto, o escritório ganhou o Prêmio Máster de Arquitetura Corporativa.
Na construção do edifício foram utilizadas esquadrias em vidro laminado – levemente refletivo, sem perfis aparentes e pastilhas cerâmicas – para o revestimento dos terraços. “Optamos por um volume único, com base em curvas com concordância geométrica. Elas se abrem em novos arcos tangentes, que nada mais são do que terraços projetados nos andares de escritórios, com a função de eliminar a monotonia da forma simples. Esse jogo de volumes em curvas se repete na cobertura e no pavimento térreo, sempre mantendo a funcionalidade prática do edifício em todos os seus aspectos”, explica o arquiteto Marc Rubin.
A concepção exigiu um desenvolvimento geométrico que trabalhasse com vidros planos e retos em dimensões adequadas às curvaturas de diferentes raios, mas sem interferir na forma elíptica construída. De acordo com o arquiteto Sergio Álvaro Oliveira, “A fachada, de vidro de tonalidade azul, é interceptada por peitoris de cerâmica de mesmo matiz, sem criar vértices, concordando com a curvatura das empenas. Há aqui um diferencial, resultante de um bom trabalho de geometria complementado pela boa correspondência entre arquitetura e projeto de esquadrias”.
Os pavimentos tipos estão divididos em até dezoito conjuntos com sanitários individuais e contam com um terraço por pavimento, localizado na fachada posterior. “Neles se concentram as unidades condensadoras que mantêm o sistema de climatização individualizado por conjunto”, completa o arquiteto Mauro Martins. Esta e outras características, como é o caso do sistema de automação predial, tornaram o Landmark um edifício eficiente, pensado de maneira sustentável e funcional.
A expressão arquitetônica obtida por forma e cor destaca a obra na paisagem, tanto para o observador mais próximo como para aquele que transita no outro lado da marginal do rio Pinheiros. A implantação, frente a uma importante via de circulação e integrada aos edifícios residenciais em divisa, buscou também tratar o viário interno e os acessos com o mesmo padrão de desenho.
No projeto de paisagismo, os arquitetos souberam utilizar o conceito de faixas em curvas, levando ao plano horizontal um desenho que corresponde ao volume da edificação. “Sob esse ângulo, o Edifício Landmark torna-se uma obra única, compondo-se em forma e acabamento com elementos de destaques”, finaliza Rubin.
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