Quatro blocos postos de maneira despretensiosa na parte mais alta de um terreno de 4.800 m² formam a Casa das Praças, projetada pelo escritório Bloco Arquitetos. Com 950 m² de área construída, a estrutura possui as principais aberturas voltadas para o norte, “sendo possível ver parte do Plano Piloto de Brasília”, de acordo com o arquiteto Matheus Seco, que divide a autoria do trabalho com Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho.
Devido a suas generosas aberturas, os programas são instalados com um leve recuo, como se fossem encaixados dentro dos volumes. “Isso diminui a incidência direta do sol nas esquadrias durante o solstício de inverno e elimina a incidência durante o verão”, afirma Seco.
O programa de necessidades da residência é separado em dois pavimentos e quatro setores distintos: íntimo, social, serviço e lazer. Apesar da clara separação funcional entre os setores, a composição volumétrica não faz essa distinção.
A intenção foi dispersar o volume resultante da grande área de construção seguindo critérios de vistas para o exterior e melhor orientação solar.
Como os arquitetos procuraram voltar os ambientes para a vista exterior e obter melhor orientação solar, criaram “praças” com espaços ajardinados. Esses espaços – e todo o restante do projeto de paisagismo – foi assinado pela arquiteta e paisagista Mariana Siqueira, que utilizou espécies do serrado em uma estratégia pioneira de plantio de forrações nativas. A grande área verde da cobertura é acessível por meio dos quartos.
Sobre a fundação, Seco explica que a estrutura é toda feita em concreto e utiliza vigas apenas no contorno da construção. Isso facilitou a instalação de ar-condicionado “dutado”, tipo VRF, em todos os cômodos.
Para o revestimento do piso no pavimento superior e térreo, foi escolhido piso de madeira sucupira que unifica as funções. Todos os ambientes da casa recebem o mesmo tratamento, sem distinção ou hierarquização de materiais, apenas a adaptação para cada função.
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