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Centro de Artes e Educação dos Pimentas

Centro de Artes e Educação dos Pimentas
Implantado em um bairro carente da cidade de Guarulhos, o projeto do escritório Biselli & Katchborian prevê sólida estrutura de aço e concreto voltada ao uso e aprendizado da comunidade. Imagens: Nelson Kon
Centro de Artes e Educação dos Pimentas
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Arquitetura social

Texto: Tais Mello

Em um país socialmente carente, educação e arte devem vir invariavelmente acompanhadas de uma estrutura forte e saudável, de preferência moldada no aço e concreto. É nesse contexto que é criado o projeto do Centro de Artes e Educação dos Pimentas, localizado na cidade de Guarulhos, São Paulo, no bairro de mesmo nome – uma região carente de alternativas comunitárias voltadas ao ensino, lazer e esporte. O financiamento é da Secretaria da Educação municipal, e o projeto foi concebido pelo escritório Biselli & Katchborian. Inicialmente seria um centro de arte e educação e somente depois foi adaptado ao programa CEU.

A construção tira partido do estreito e comprido terreno plano de 30.780 m² que determina o desenho linear da escola destacada pela grande cobertura metálica de 250 m de comprimento e 30 m de largura. Basicamente, ela tem a função de proteger a circulação que interliga todo o programa. “Como se fosse uma rua coberta e contínua ao passeio público”, explica o arquiteto Mário Biselli, sócio-fundador do escritório.

Nas bordas do lado oeste, a cobertura abriga equipamentos culturais (biblioteca, auditórios e salas de música e de dança, por exemplo); na área oposta, o uso esportivo (ginásio, quadras e piscinas). Tudo distribuído em blocos ora de concreto pré-fabricado, ora de concreto moldado in-loco, com alternância de trechos abertos (sheds) e fechados, articulados por um vazio central.

Praça de convivência

O vazio central é a praça que articula, acolhe e dá continuidade aos usos ao seu redor, por meio de percursos sugeridos no térreo, nas pontes no primeiro pavimento e nos bancos. A atmosfera lúdica vem das cores das fachadas internas, variantes entre os matizes de verde e amarelo. O arquiteto Mário justifica que, para chegar a esses tons, houve um elaborado estudo cromático. O objetivo era impedir que esse grande eixo se tornasse um espaço monótono e não convidativoMário Biselli “O objetivo era impedir que esse grande eixo se tornasse um espaço monótono e não convidativo”, completa. Com relação aos acessos, as rampas assumem papel protagonista direcionando os fluxos internos; enquanto as escadas são apenas estruturas auxiliares para as grandes circulações.

Simplicidade nos acabamentos

Por ser um espaço de uso público intensivo, os acabamentos são simples e de fácil manutenção, como piso em concreto aparente, paredes pintadas, forros em placas nas salas de aula e estrutura aparente na rua interna. A cobertura é composta por telhas metálicas de aço tipo painel com isolamento térmico e acústico, responsáveis pelo fechamento dos espaços laterais. As janelas das salas de aula, voltadas para a face oeste, têm proteção de brises de alumínio instalados onde não há fechamento em U-Glass, valorizando o conjunto.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2008
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 30.780 m²

Ficha Técnica

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