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Gurumê

Gurumê
Os principais materiais utilizados no Gurumê – o cobre oxidado e a madeira natural – foram escolhidos devido à inspiração no universo do mar e da pesca, já que a especialidade do restaurante é a cozinha japonesa. Imagens: Leonardo Finotti
Gurumê
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Espaço marítimo

Texto: Nuri Farias

O nome Gurumê é uma variação despojada da palavra “gourmet” e sugere sofisticação com simplicidade. Foi seguindo este conceito que o escritório Bernardes Arquitetura projetou o restaurante da marca, no bairro de São Conrado, no Rio de Janeiro.

Materiais em destaque

A fachada revestida por cobre oxidado revela, junto à madeira natural, o charme dos materiais utilizados. Como a especialidade do restaurante é a cozinha japonesa, os arquitetos inspiraram-se no universo do mar e da pesca, conforme solicitação dos proprietários.

“O objetivo era criar uma atmosfera sofisticada utilizando materiais cuja aparência sugerisse exposição ao tempo e às intempéries, como acontece com aqueles objetos utilizados em barcos e navios”, comenta o arquiteto e coordenador da obra Francisco Abreu.

Os ladrilhos hidráulicos do Gurumê foram feitos artesanalmente e utilizados no piso para garantir a neutralidade necessária; assim, os tons de madeira e os esverdeados do cobre receberam maior destaque, como fora planejado.

Salões do Gurumê

A planta original do restaurante contava com dois salões contíguos, e uma das dificuldades do projeto foi justamente encontrar uma maneira de uni-los, criando três espaços com o mesmo conceito, porém com atmosferas distintas – um espaço coletivo, um espaço intimista e o tradicional sushi bar.

Abreu explica que a planta resultante da união dos ambientes comerciais se aproxima de um formato em “L”, portanto é um espaço com proporções difíceis de ocupar sem que alguma das áreas esteja um pouco mais isolada. “No caso do projeto do Gurumê, isso foi usado a nosso favor. A área mais reservada se tornou o local intimista que buscávamos”, complementa. Este salão recebeu um túnel de madeira estruturado com uma sucessão de pórticos, do mesmo material, que definem sua geometria. Também foi revestido por ripas de madeira cumaru. Neste espaço, o cliente consegue vislumbrar o exterior pelo rasgo das divisórias de vidro da fachada.

O salão de maiores dimensões foi projetado a partir de uma mesa coletiva de formato sinuoso, que permite uma interação mais agradável entre as pessoas, além de ocupar o espaço de uma forma dinâmica.

O sushi bar, por sua vez, ficou localizado ao fundo, de onde é possível observar a preparação dos tradicionais pratos da culinária japonesa.

Luzes especiais

Para dar mais personalidade ao restaurante Gurumê, o escritório Bernardes Arquitetura contou com o Studio ILuz para desenvolver o projeto de iluminação. “A parte luminotécnica compreendeu, também, a criação de luminárias exclusivas para o Gurumê, com os pendentes colocados acima da mesa comunitária e as luminárias que desaparecem ao serem encaixadas no forro”, conclui o arquiteto.

Veja outros restaurantes na Galeria da Arquitetura:

Restaurante Nau, escritório Sandra Moura Arquitetura

La Cabrera, escritório Santa Irreverência

Mangiare, escritório AR Arquitetos

Escritório

  • Local: RJ, Brasil
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área do terreno: 150 m²
  • Área construída: 150 m²

Ficha Técnica

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