Projetado pelo escritório paulistano Basiches Arquitetos Associados, o edifício residencial Pascal Campo Belo destaca-se na paisagem de São Paulo. Segundo o arquiteto José Ricardo Basiches, isso só foi possível graças a uma volumetria diferenciada e uma fachada que explora o uso de cores, de materiais e jogo de cheio e vazio.
Construído no bairro do Campo Belo, o edifício possui diferentes tipologias: estúdios de 34 m², apartamentos de 48m² ou 51m², com uma suíte, e apartamentos de 80 m², com duas suítes. Há também apartamentos duplex de 62 a 133m² e cobertura duplex de 95 a 160m².
A configuração do pavimento com essas diferentes tipologias cria um ritmo diferenciado para a fachada. Além disso, o fechamento dos terraços foi feito parte em vidro e parte em alvenaria, além da utilização de painéis de tela metálica perfurada.
Três pavimentos diferenciados com apartamentos duplex de 62 a 160m² foram inseridos entre os pavimentos padrão e ganham destaque com a utilização da cor branca na fachada em meio à cor cinza predominante.
Outra característica do projeto do edifício Pascal Campo Belo é o fato de os blocos de apartamentos seguirem paralelos aos alinhamentos das ruas. Desta maneira o bloco posterior é levemente inclinado em relação ao bloco que fica paralelo à rua da entrada principal. “Essa composição de volumes fica evidente nas fachadas laterais”, comenta o arquiteto Ronaldo Shinohara, também do Basiches Arquitetos Associados.
A fachada foi revestida com massa texturizada e pintada nas cores branca, cinza e marrom. Utilizou-se um tipo de revestimento padrão, mais usual e econômico, com exceção do fechamento em tela metálica perfurada das áreas de serviço. Os peitoris dos terraços receberam vidro e estrutura em alumínio na cor branca. “A implantação diferenciada e a utilização de recursos simples favoreceu o resultado final, que foi uma fachada impactante”, relata Shinohara.
Ao entrar na edificação, uma empena revestida em ladrilho hidráulico marca o eixo de circulação com vista para a piscina na parte posterior do terreno. Destaque para o jardim vertical junto ao terraço gourmet.
As áreas comuns do edifício Pascal Campo Belo possuem integração entre os ambientes graças ao uso de portas pivotantes e pouca compartimentação. “A utilização generosa de caixilhos permitiu integração entre as áreas internas e externas, promovendo maior entrada de luz natural nos ambientes”, explica Basiches.
O uso da madeira demarca o volume da recepção do lobby. No salão de festas foi usado revestimento cimentício e, no salão de jogos, blocos em marcenaria na cor azul. Uma escada escultórica dá acesso ao pavimento intermediário do edifício Pascal Campo Belo. “Nosso objetivo foi projetar a arquitetura dos interiores em conjunto, sem depender somente da escolha dos mobiliários”, completa Basiches.
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