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Escola em Alto de Pinheiros 2

Escola em Alto de Pinheiros 2
Com brises coloridos nos fechamentos e ambientes integrados, escola bilíngue tem projeto voltado ao lúdico para estimular a criatividade e o entrosamento das crianças. Imagens: Pedro Vannucchi
Escola em Alto de Pinheiros 2
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Educar, integrar e colorir

Texto: Marina Cabral

O projeto arquitetônico Escola em Alto de Pinheiros, de autoria do escritório Base Urbana, teve como premissa traduzir a visão pedagógica das clientes na nova unidade, que queriam áreas abertas e flexíveis. “É uma escola bilíngue onde todos os espaços são lugares de ensino”, destaca Catherine Otondo, uma das arquitetas responsáveis pelo projeto.

A unidade – localizada em São Paulo (SP) – conta com quatro salas, uma biblioteca, um espaço de artes e apoios pedagógicos, além de salas de coordenação e diretoria. “Foi um desafio para nós criar espaços com tanta flexibilidade seguindo uma perspectiva educacional”, complementa.

Ponto de partida

Todos os espaços são lugares de ensino Catherine Otondo

Como a escola precisava com urgência de um espaço que atendesse às necessidades dos alunos, o trabalho exigiu uma entrega rápida, com processos e construção eficientes. O terreno ficou disponível em agosto, e a obra precisava ser entregue em janeiro. De acordo com Catherine, o prazo curto fez com que as arquitetas criassem um sistema de trabalho muito intenso. “Além do constante contato com as proprietárias, nos reuníamos com a construtora e com a equipe que desenhava o mobiliário toda semana, durante quatro horas. Foi um processo enriquecedor”.

No terreno de 15 x 40 metros, a Escola em Alto de Pinheiros foi construída de cima para baixo. Como optou-se por instalar a quadra no pavimento superior, a estrutura de concreto foi escolhida para viabilizar a construção dos grandes vãos e absorver os esforços de carregamento da laje dupla da quadra.

Para que a concepção fosse finalizada no prazo, optou-se pelo uso de sistema estrutural misto. Isso porque foi necessário organizar o cronograma quase que diariamente. “Tínhamos que saber exatamente os prazos de execução de cada etapa para podermos abrir múltiplas frentes de trabalho, sem que uma interferisse na outra", explica a arquiteta. “Enquanto construíamos em cima, acertando as questões de concreto, outra equipe entrava por baixo para a montagem da laje intermediária e os fechamentos das salas de aula. Isso permitiu um canteiro de obra limpo e eficiente”, complementa. 

Como o terreno era pequeno, a solução foi instalar a quadra de esportes no segundo pavimento Foto: Pedro Vannucchi

Implantação da quadra e questões acústicas

O grande desafio do projeto arquitetônico era atender ao programa extenso em um terreno pequeno. A solução foi instalar a quadra na cobertura. “Esse é um recurso bastante utilizado em muitos lugares. Escolas públicas acabam fazendo isso porque a terra é escassa em São Paulo. Por outro lado, é muito bonito praticar esportes e ver a copa das árvores. É uma situação lúdica interessante”, ressalta Catherine.

O maior problema de fazer uma quadra em cima das salas de aula não é o barulho, e sim a reverberação do impacto da bola na superfície. Por isso, optou-se pela implantação de duas lajes, uma soldada na estrutura principal e, sobre ela e isolada por uma camada de isopor, outra concretada de forma a não encostar nas vigas de borda. “Ela fica flutuante, absorvendo o impacto da bola, mas sem passar para as paredes laterais”, destaca.

Materiais, cores e conforto

O próprio material (brise) vira elemento de brincadeira. Isso foi muito lindo e divertido de fazer Catherine Otondo

Os materiais predominantes do projeto – concreto e madeira – expressam sua própria plasticidade tectônica. Os fechamentos são todos feitos em placas cimentícias, com destaque para os brises coloridos. “Esse elemento resolveu muito bem a fachada oeste e as salas de aula, pois nenhuma tem ar-condicionado. Já na sala de artes, os brises permitem a integração do espaço com o jardim externo”, explica Catherine. Além de garantir mais eficiência térmica, os brises coloridos podem ser desenhados. “O próprio material vira elemento de brincadeira. Isso foi muito lindo e divertido de fazer”, relembra a arquiteta.

Por estar instalada em um bairro muito arborizado, a escola recebeu cores da natureza, do céu e das árvores. O pavilhão da sala das artes tem cores mais fortes – amarelo, fúcsia, vermelho etc. – que remetem a balas jujubas.

Como a escola foi concebida em plena crise hídrica, buscou-se um uso mínimo de recursos para prover conforto térmico. “A ventilação natural acontece em todas as áreas. As portas vivem abertas, a janela vive aberta. O brise da frente, além de proteger, mostra para os alunos até lições de geografia, de natureza e seus movimentos. Um exemplo é a leitura do sol através do elemento, que acompanha mesmo sem querer sua posição durante o dia”, conclui a arquiteta.

 

Veja outros projetos de escola:

Colégio Mopi, por Mareines + Patalano Arquitetura
Escola de Ensino Médio SESC Barra, por Indio da Costa

 

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2014
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área construída: 796 m²

Ficha Técnica

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