A concepção da torre residencial Forma Itaim segue uma tendência tão contemporânea que distingue-se da arquitetura monótona dos prédios da cidade. A singularidade, no entanto, dialoga com a paisagem, à medida que adota painéis cerâmicos coloridos em planos diferentes nas fachadas, formando uma espécie de mosaico.
O arquiteto Fermín Vázquez conta que “esses componentes são marcados por um jogo de diferentes densidades e cores. Os muros de vedação exterior dos apartamentos entrelaçam-se sutilmente com os elementos vazados (cobogós) usados na lateral das sacadas. Eles criam transições suaves e variáveis, dependendo da posição do observador, o que confere um aspecto interessante ao conjunto”.
Estruturalmente, o partido agrupa diferentes componentes – apartamentos, núcleo de elevadores, espaços comuns, sacadas e outros setores – de maneira empilhada e com uma lógica funcional de fácil leitura.
“A imagem da torre nada mais é do que um objeto elegante e um pouco misterioso em sua materialidade, devido ao contraste com a paisagem construída em volta, mas ao mesmo tempo observa-se a racionalidade de sua organização interna”, explica.
A proposta do edifício também se viabiliza a partir de uma técnica construtiva que prioriza a ventilação natural e colabora para manter o equilíbrio da temperatura.
“Ainda que a fachada ventilada cerâmica de grande formato seja um material tradicional e apresente tecnologia com numerosos exemplos internacionais, não conhecemos até hoje outro edifício dessa altura no Brasil. A solução permite um excelente comportamento térmico e energético à torre, assim como excelente durabilidade e estabilidade cromática”, afirma.
Essa é uma das vertentes do projeto, que tem a intenção de tornar o Forma Itaim o primeiro empreendimento compacto triple A da cidade de São Paulo. Outras alternativas contribuem para este modelo, como a entrada de luz natural abundante no hall dos apartamentos, estimulada pelo uso de paredes e portas de vidro que, por sua vez, também podem absorver os raios solares.
O edifício também adota o uso de gerador elétrico para atender as demandas do prédio, como ar condicionado e aquecimento central de água.
O arquiteto destaca que as áreas comuns da torre são unidas pela heterogeneidade de ambientes, ou seja, cada um dos espaços recria uma atmosfera diferente em função do uso, mantendo sempre uma contemporaneidade rigorosa.
“A área da piscina interna, por exemplo, evoca os espaços contrastantes de luz e sombra existentes nas termas tradicionais, com materiais pedregosos. O hall e a circulação comum são sóbrios, porém elegantes, com espaço e vista maximizados. Já as áreas de lazer, ao contrário, criam uma atmosfera lúdica de exclusividade, com maior presença de ornamentação, que caracteriza o espaço”.
Vale observar que piscina e solarium tomam o 25º e último andar da torre. A academia e o club lounge situam-se no 13º pavimento, oferecendo vista panorâmica para a cidade. O empreendimento disponibiliza, ainda, sauna, SPA, sala de massagem, quadra de squash, lavanderia coletiva e lobby com área de leitura e estar.
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