Logo Construmarket
Banner

Casa Tijolo

Casa Tijolo
Na Casa Tijolo, projetada pelo escritório B.Magalhães, o estilo clássico entra em perfeita harmonia com o contemporâneo, contemplando diferentes gerações. Imagens: André Mortatti
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo
Casa Tijolo

Presente de valor

Texto: Ana Marquez

Com projeto arquitetônico assinado pelo escritório paulista B.Magalhães, a Casa Tijolo foi um presente de quatro irmãos para a mãe no seu aniversário de 80 anos.

Localizada no Condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista (SP), a residência foi desenvolvida em 2013 com a premissa de atender às expectativas das três gerações que viriam utilizá-la.

“Os clientes queriam que esta casa de campo servisse a toda a família e que tivesse muito verde e vista para o lago. Ela também precisava ser funcional e arejada”, conta o arquiteto Roberto Magalhães.

Contemporâneo x tradicional

O escritório se empenhou para definir um conceito e uma linguagem arquitetônica que agradassem toda a família – de um lado com um toque rústico e tradicional, para combinar com o estilo da aniversariante, e de outro moderno, seguindo o desejo dos filhos.

A solução que encontraram foi desenhar uma casa com geometria simples e revestida de materiais rústicos. “Dessa forma, teríamos o contemporâneo traduzido nas formas e o rústico em seu acabamento”, completa Magalhães.

Trata-se de um grande cubo revestido de tijolinhos de demolição aparente – material que deu nome ao projeto – com linhas retas e formas puras, materiais clássicos, brises de madeira sintética e cercado de áreas verdes.

Alguns pontos se destacaram no projeto e auxiliaram na implantação da obra, como, por exemplo, a vista para o lago do condomínio e a inserção do jardim de inverno no exterior da residência. Esse jardim é emoldurado por um grande pórtico de tijolos aparentes. Juntos, eles compõem a fachada principal.

“O grande destaque do paisagismo é a composição estética do jardim, que está atrelada ao acolhimento. Os caminhos sinuosos encantam com sua flora em metamorfose, a cada estação”, comenta a arquiteta Suzel Marcia Maciel.

Outro diferencial foi que eles optaram pela substituição de boa parte da madeira natural por um material sintético de polímero com pó de madeira. Além de ser esteticamente muito similar à madeira, ele é reciclável, não poluente, biodegradável e não tóxico.

Layout interno

No layout interno, os arquitetos usaram a mesma linguagem do restante do projeto. Parte do mobiliário foi resgatado do antigo sítio da família e usado junto com peças novas, tudo em harmonia Foto: André Mortatti

No projeto de interiores, o escritório buscou seguir a mesma linguagem da arquitetura. Parte do mobiliário foi resgatado de um antigo sítio, onde os irmãos cresceram. Juntamente com peças novas, as antigas ganharam novos usos e acabamentos para criar unidade e harmonia com os materiais rústicos, utilizados na construção.

“É possível se sentir em um lugar visualmente sem limites físicos”, declara o arquiteto Carlos César.

A sala tem pé-direito duplo e fica entre o jardim interno e a varanda da piscina. A área de serviço fica no andar superior, separada dos quartos por uma rouparia, garantindo, assim, a privacidade. Os acessos aos quatros e à área de serviços são distintos e independentes.

Várias questões nortearam a definição do layout. A implantação da rouparia e lavandeira no segundo pavimento, por exemplo, apesar de incomum, promove muita praticidade ao dia a dia da casa. Além de o espaço receber sol o dia todo, possibilita que no pavimento térreo fique concentrado todo o programa social.

As áreas sociais integram-se com jardim interno, varanda gourmet, cozinha principal e cozinha da varanda.

Outro destaque do projeto é a questão da acessibilidade, pois a Casa Tijolo conta com elevadores, rampas e circulação devidamente dimensionadas.

Projeto de iluminação

O projeto de iluminação não levou em conta apenas a estética, mas a função dos ambientes e a relação que os moradores estabelecerão com eles. A ideia foi enfatizar a fachada de tijolos e os grandes painéis de madeira com luminárias embutidas de solo. O vazio do jardim interno também foi iluminado com embutidos de solo para trazer o verde para dentro da casa.

“A disposição das luminárias foi pensada de acordo com a decoração, sempre levando em conta o aspecto funcional dos ambientes”, relata a arquiteta Ana Spina.

Nos quartos e áreas íntimas, a luz indireta e difusa, proporcionada por abajures e alguns spots, foi utilizada para pontuar e criar efeitos especiais, sendo que toda iluminação pode ser dimerizada para aumentar o conforto da casa de campo.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2011
  • Área do terreno: 3.467 m²
  • Área construída: 947 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados