Restaurante Azuki

Japão revelado

Texto: Thais Matuzaki

Nada como decorar um restaurante japonês com elementos típicos da cultura oriental. No Azuki, que fica em Curitiba (PR), o escritório Artd3 Arquitetura & Design utilizou referências nipônicas desde a paleta de cores até os materiais.

Logo na sala de espera, a arquiteta Karina Kawano e a designer de interiores Denise Maruishi inseriram os ingredientes que dão a tônica do projeto de interiores. Por ali, os estofados em intensa cor vermelha contrastam frente aos pisos e paredes cinzas, bem como às molduras pretas. Isso sem contar o forro branco no qual estão embutidas as luminárias de papel arroz em diferentes tamanhos e alturas.

No salão principal, a cor vermelha ainda pontua alguns móveis, mas fica mais evidente nas vigas que, dispostas irregularmente pelo forro, conferem um movimento ritmado ao espaço. Em meio ao piso de cimento, a madeira aparece pela primeira vez num ripado que reveste uma das paredes do restaurante. O material divide a atenção com um fechamento em bambu pintado de preto e seixos rolados brancos colocados no chão.

Para a área do sushi bar, as profissionais aplicaram novamente o bambu, porém, em seu aspecto natural, e também a madeira de demolição para fazer o tampo da mesa. Numa das paredes foram replicados os kanjis, famosos ideogramas japoneses. Ao lado dali fica a sala do karaokê num ambiente mais reservado.

Banheiros estilizados

O Restaurante Azuki impressiona até mesmo nos banheiros. No caminho de acesso aos toaletes, um arrojado túnel vermelho com iluminação indireta e irregular se projeta em ângulo. Ao final do corredor encontra-se um amplo lavabo que segue banhado pela iluminação zenital por conta dos pergolados.

Como cenário de fundo, um painel iluminado recebe outro painel, metálico em tela tensionada, que foi estilizado com a mais tradicional flor japonesa, a sakura (cerejeira). “Para complementar a composição e dar destaque à simetria do projeto, inserimos paredes verdes que emolduram o painel central”, afirmam Kawano e Maruishi.

Segundo as profissionais, as divisórias dos vasos sanitários foram feitas em vidro cinza para dar continuidade à composição do piso em porcelanato cimentício e à pintura no forro em cimento queimado.

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