A simplicidade arquitetônica é o que diferencia a Residência KS. Queriam espaços amplos e integrados e, acima de tudo, gostariam de usufruir do vento da região, e não concentrar as soluções para conforto térmico em sistemas de ar-condicionado Alexandre Brasil Ao invés de investir em revestimentos dispendiosos, o escritório Arquitetos Associados, responsável pelo projeto arquitetônico, optou por construir um volume maior para aumentar a amplitude espacial interna. Além disso, parte dos materiais se apresenta em seu estado aparente, como a estrutura de concreto armado e as vedações em tijolos maciços.
A casa foi implantada no condomínio Vila dos Lagos, na cidade de Natal (RN). Os idealizadores ansiavam por uma obra diferente das que estavam acostumados a ver na vizinhança. “Queriam espaços amplos e integrados e, acima de tudo, gostariam de usufruir do vento da região, e não concentrar as soluções para conforto térmico em sistemas de ar-condicionado”, revela o arquiteto Alexandre Brasil.
A projeto arquitetônico da Residência KS foi erguido de acordo com as normas para a construção do condomínio, que estipulam recuos mínimos no lote de 5 m na frente, 4 m no fundo, 2 m nas laterais e, no máximo, 7,5 m de altura a partir do nível primeiro pavimento. Para que a metragem da altura seja contada, precisa estar a uma medida máxima de 1,25 m a partir do nível natural do terreno.
Ao mesmo tempo em que os moradores desejavam uma casa arejada, também procuravam privacidade para a família. Avaliando toda a situação, o escritório de arquitetura decidiu fechar o projeto por fora e abri-lo por dentro, criando um extenso vazio interno divido em três pavimentos, que auxiliaram para o aumento espacial com pés-direitos, propiciando o maior volume de ar e melhor conforto ambiental.
O programa da Residência KS foi erguido sobre o vazio do interior. A começar pelo subsolo, onde estão a garagem para os veículos e os ateliês dos moradores.
O volume do térreo se abre para as fachadas frontais e para o fundo com seus grandes painéis de vidro transparente. Esse pavimento foi elevado em duas lajes e se estendeu na transversal, de uma ponta a outra, sendo interligada por uma passarela. Nele estão abrigadas as áreas sociais e de convívio.
O pavimento superior, voltado para as mesmas fachadas do térreo, foi reservado para as áreas íntimas, onde a luz entra filtrada pelos painéis de cobogó. Nessa região, as lajes seguem pelo sentido longitudinal, começando na frente do terreno e se estendendo até o final. Esse muro foi o que gerou o espaço necessário para a ocupação Alexandre BrasilO pavimento superior também é interligado por uma passarela que dá acesso para os dormitórios e banheiros.
As salas de estar e de televisão voltam-se para a rua. Já na laje do fundo, integradas ao quintal, estão a sala de jantar, a cozinha e a área de serviço.
O arquiteto explica que o primeiro passo para a construção foi a escavação do solo, seguido da contenção por um muro de arrimo. “Esse muro foi o que gerou o espaço necessário para a ocupação”, complementa.
O vazio foi erguido com pilares e lajes de concreto armado, além da cobertura em telhas metálicas sobre a estrutura do mesmo material. Os planos de fechamento e das vedações laterais externas em vidro e tijolos maciços cerâmicos propuseram o conceito final da casa.
As fachadas da frente e dos fundos foram revestidas com cobogó de tijolos maciços, material foi escolhido por absorver bem o calor da insolação local.
Além disso, a disposição dos tijolos pelas fachadas permite aberturas que auxiliam para ventilação cruzada e entrada de iluminação natural nos ambientes internos.
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