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Residência NB

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Colunas circulares, lajes nervuradas e grandes vãos fazem da residência projetada pelo escritório Arquitetos Associados uma construção simples, que conquista pela transparência e leveza. Imagens: Leonardo Finotti
Residência NB
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Estrutura simplificada

Texto: Gabrielle Victoriano


Idealizamos uma residência com muita transparência, que pudesse propiciar o encontro dos moradores e não o isolamento Alexandre Brasil

Projetada para uma jovem família com dois filhos pequenos, a Residência NB, localizada no condomínio Vale dos Cristais em Nova Lima, próximo ao limite sul da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, tem ares de casa de final de semana ou de férias, mas é uma moradia definitiva. Ela ocupa um lote de 1.300 m² e a área construída coberta é de 615,00 m².

Os arquitetos Alexandre Brasil e Paula Zasnicoff, do escritório Arquitetos Associados, contam que a topografia com forte aclive e a bela paisagem do entorno – serras e perfil da cidade – orientaram a implantação da morada. Entre os moradores havia a vontade de viver em uma residência com poucos desníveis. Como um dos fatores decisivos para o projeto foi a topografia, o desenho do terreno e a inserção da residência geraram uma setorização diversa.

“Decidimos pela porção superior do lote com declividade mais suave. Concentramos a maior parte do programa nesse único andar para facilitar os deslocamentos corriqueiros entre quarto e sala, quarto e cozinha, sala e área de lazer generosa com deck e piscina. No pavimento inferior mantivemos as áreas de serviço, garagem e quarto de funcionários. Assim, os espaços se comunicam, e de um ambiente é possível saber o que se passa no outro”.

Design e transparência

Em uma das laterais, a laje cubeta vazada – com fôrmas plásticas de 90 centímetros – deixa de ser uma simples laje para dar origem a um enorme pergolado Foto: Leonardo Finotti

Alexandre Brasil confessa que, embora no início o declive natural do terreno tenha sido uma dificuldade, a forma como a construção foi projetada e pousada na topografia gerou grandes aberturas para as vistas do entorno. A sala de estar, por exemplo, abre-se para as montanhas com a cidade ao longe. Os quartos ao fundo dão para o jardim íntimo e para as grandes montanhas das áreas de preservação ambiental ao redor. “Idealizamos uma residência com muita transparência, que pudesse propiciar o encontro dos moradores e não o isolamento. A área de lazer no centro da residência e a possibilidade de visadas que perpassam os ambientes contribuem para isso”, afirma Alexandre.

Programa e acessos


Conseguimos estabelecer uma simplicidade construtiva que se reflete na estrutura principal em lajes nervuradas planas, nas vedações em alvenaria ou vidro e nos elementos de ligação – escadas em estrutura metálica. Também projetamos uma única cobertura para toda a residência com diferentes graus de abertura Alexandre Brasil

Para acessar a residência, uma sinuosa rampa-escada ladeada pela via de acesso de veículos atinge o primeiro platô onde ficam o hall de acesso principal, a adega, a sauna, os vestiários, as áreas de serviços e a garagem. Duas escadas promovem a ligação com o andar superior nivelado à praça central de lazer. Configurada por dois pavilhões de vidro, ela está construída sobre o terreno natural. A frente é destinada ao uso coletivo e é aberta para a cidade. Nela localizam-se a cozinha, churrasqueira, sala de estar, jantar e varanda. Os fundos estão voltados para a montanha e abrigam as áreas íntimas, quartos e banheiros. A circulação entre frente e fundo se alarga para receber a sala íntima e, sobre ela, semienterrado, encontra-se o quarto de lazer das crianças.

Eficiência térmica e materiais

Com estrutura em concreto, colunas circulares e lajes nervuradas, a construção é dotada de grandes vãos. “Conseguimos estabelecer uma simplicidade construtiva que se reflete na estrutura principal em lajes nervuradas planas, nas vedações em alvenaria ou vidro e nos elementos de ligação – escadas em estrutura metálica. Também projetamos uma única cobertura para toda a residência com diferentes graus de abertura”, conta Alexandre.

“As pequenas aberturas são proporcionadas pela supressão da face superior da laje cubeta nervurada com o auxílio de fôrmas plásticas de 90 centímetros de lado conformando um enorme pergolado”, relata o arquiteto. Quando vazada, a laje cubeta é semelhante a uma pérgula. No revestimento, o concreto aparente divide a superfície com os fechamentos de alvenaria pintados na cor branca.

Em ambas as fachadas laterais, o brise metálico torna os ambientes mais frescos e agradáveis, contribuindo para a eficiência térmica dos ambientes. No volume frontal elevado, envidraçado, as placas de aço corten contribuem para dar privacidade. Elas são semelhantes a brises, têm a função de dar privacidade ao volume envidraçado, mas não desempenham o papel de quebra-sol. “Fixas, parecem-se com guelras”, descreve Alexandre Brasil.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2009
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 1.300 m²
  • Área construída: 615 m²

Ficha Técnica

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