O pioneirismo de criar a Cidade do Container está na utilização de vários recursos sustentáveis –sobretudo da matéria-prima citada no nome do projeto – para implantar um parque fabril que beneficiará não somente a empresa, mas também a comunidade local. Não à toa, trata-se de uma construção que prevê a obtenção da certificação LEED Platinum, inédita em obras fabris do Brasil.
O container surge como o elemento estrutural predominante do projeto assinado pela Arktos Arquitetura Sustentável à medida que é explorado para erguer edificações fixas e, até mesmo, temporárias – já que seu conceito modular lhe confere tal flexibilidade. Além disso, a opção por construir com este material – inclusive aqueles beneficiados do mercado offshore – surge como alternativa aos recursos que conflitariam com o conceito sustentável do projeto. O maior exemplo é a economia na utilização da madeira para a execução de barracões e escritórios, além da estética, conforto e agilidade na construção. Grandes armazéns, ou galpões fabris e de estocagem, complementam a área construída do complexo.
O ponto alto do projeto fica por conta da padronização a partir de elementos e acessórios selecionados pelos critérios de sustentabilidade que prioriza o ciclo de vida útil de todos os espaços do complexo. O terreno prevê o uso de telhados verdes e pavimentação urbana com revestimentos drenantes permeáveis. O piso da área designada ao armazenamento de containers englobará tecnologia moderna, composta por materiais recicláveis, e preenchimento em camadas de areia e brita.
Outros exemplos são as pérgulas concebidas para promover ambientes de descanso e lazer, que contribuirão com o objetivo de reduzir as ilhas de calor, além de chuveiros e pias que contarão com aquecimento solar, redutores de vazão, válvulas e metais com dupla utilização.
A grande estrutura foi pensada de modo a ser utilizada por trabalhadores e pela comunidade. Vale ressaltar o amplo vestiário para 400 funcionários; o bicicletário criado em pontos estratégicos para agilizar o deslocamento dos colaboradores e o trânsito externo à empresa; e o programa que engloba salão de festas, salão de jogos, campo de futebol, academia e churrasqueiras.
Além disso, o programa receberá um edifício que abrigará uma ONG destinada à prevenção de acidentes vasculares. Estacionamentos, subestações, castelos d’água e outros espaços livres serão cuidadosamente idealizados para agregar ao desenvolvimento sustentável do complexo. Destaque para a recuperação da faixa de contorno do Rio Meriti, prevista para o reflorestamento com vegetação da Mata Atlântica de 40 mil mudas de espécies nativas que formará um parque monitorado pelos funcionários.
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