A Casa Georgia tem assinatura dos arquitetos Tito Ficarelli e Chantal Ficarelli, que comandam o Arkitito. A premissa era idealizar uma morada aconchegante para uma família que desejava aproveitar bons momentos juntos e rodeados pela natureza.
Situada em um bairro arborizado de São Paulo, a residência – de 442 m² – teve seus ambientes organizados ao redor de duas árvores que foram preservadas no terreno.
“O partido que definiu a Casa Georgia foi a conservação de duas árvores no terreno. Uma na entrada que marca a passagem da área externa para a interna e uma ameixeira preta, no centro do jardim aos fundos, que definiu até onde poderíamos construir. São esculturas vivas e belíssimas e que fazem toda a diferença no projeto”, explica Tito Ficarelli.
O projeto arquitetônico destaca-se pelos seus volumes discretos. Quando vista da rua, a fachada é evidenciada por um volume de madeira sólido e retangular e brises alaranjados.
Passando do volume de madeira – que é um espaço para os moradores guardarem seus pertences –, está o hall com pé-direito baixo que abriga a sala de jantar totalmente aberta para o jardim e a ameixeira. Ainda no pavimento encontram-se a cozinha, as salas de estar e de TV e a área gourmet, completamente avarandada.
O partido que definiu a Casa Georgia foi a conservação de duas árvores no terreno. Uma na entrada que marca a passagem da área externa para a interna e uma ameixeira preta, no centro do jardim aos fundos, que definiu até onde poderíamos construir Tito Ficarelli
Discreta e minimalista, a escada ao lado esquerdo leva os moradores para a área íntima, que é composta por quatro suítes. Além disso, no mezanino, os arquitetos implantaram o escritório dos moradores, que tem visão panorâmica de todos os ambientes – quartos, salas e jardim.
“O escritório foi pensado para que o casal pudesse trabalhar, estudar e estar atento para o que acontece ao redor, por isso o alocamos no mezanino. O resultado foi gratificante, e numa posição inclusive muito gostosa com uma vista para o jardim no fundo, onde tem a famosa ameixeira brasileira”, explica a arquiteta Chantal Ficarelli.
Na área de lazer, uma piscina assume função de espelho d’água e complementa o espaço do jardim. “Foi um pedido específico da família, que desejava uma piscina com deck e muito verde ao redor para o lazer nos dias de sol”, conta Chantal.
A interconexão dos espaços e da relação com as áreas ajardinadas potencializaram o bem-estar dos moradores.
Os materiais escolhidos – blocos de concreto, estruturas metálicas e madeira – se destacam pelos contrastes e texturas, enquanto os detalhes arquitetônicos remetem a uma sensação de nostalgia suburbana.
O telhado shingle é um elemento leve que se faz sobre uma placa de OSB totalmente aparente por dentro. Esse elemento tem um vão no final para ventilação que funciona da seguinte maneira: o ar quente da casa se eleva, automaticamente, por um efeito chaminé pela pressão e ele acaba saindo por essa ventilação. É uma interessante dinâmica de renovação de ar, sem sensação de abafamento quando o pano de vidro está fechado. O elemento está em harmonia com as paredes de bloco aparente que dão ritmo ao projeto.
Estruturas metálicas sustentam o telhado e o mezanino. Além disso, aparecem na escada minuciosamente. Já o extenso pano de vidro confere máxima transparência. Do lado de dentro é possível contemplar a piscina, o deck e toda a área de lazer da família.
As três suítes das crianças estão orientadas à rua e, para gerar privacidade, os arquitetos resolveram a questão com brises metálicos laranjas que ora sombreiam os espaços durante o dia, ora escondem das vistas da rua.
A natureza está presente por todos os lados! Ao redor da casa, no térreo, no segundo pavimento e na entrada, onde há um caminho com uma árvore e jardim que conduz os moradores.
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