A Casa do Cobogó – assinada pelo escritório de arquitetura ArchDesign STUDIO – está localizada em um condomínio fechado em Florianópolis (SC). O objetivo era criar um projeto arquitetônico em que a transparência predominasse, para que os proprietários contemplassem a paisagem ao redor: a Serra do Tabuleiro e o Morro do Cambirela –situado no maciço que leva o mesmo nome.
A residência foi fechada com amplos panos de vidro, que fazem referência à Farnsworth House, de Ludwig Mies van der Rohe, e à Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi. O vidro garante luminosidade, além de transparência.
O concreto se manteve aparente nas paredes, vigas e estruturas. Sua textura cinza combinou com os cobogós da fachada, que é o destaque do projeto. Os cobogós são elementos arquitetônicos fabricados com concreto, cuja função é dar privacidade aos moradores, além de proporcionar uma estética diferenciada.
Além da fachada frontal, os cobogós também foram aplicados no bloco das suítes, para separar a parte íntima da área de lazer, que é composta de uma piscina com deck de madeira.
O espaço gourmet está no centro da Casa do Cobogó, dividindo-a em dois blocos: o social e o íntimo.
A sala de estar está integrada ao espaço gourmet e à sala de jantar (bloco social) e tem acesso ao bloco íntimo, onde estão as suítes. Todos os quartos têm vista para o Leste. Esses ambientes são fechados com caixilhos de vidro que, quando abertos, integram os ambientes interno e externo.
“Há integração entre todos os ambientes do volume social. A grande sala de jantar integra-se ao espaço gourmet, que também não oferece barreiras para a sala de estar. O interior da casa perde seu limite, estendendo-se até o pátio e a piscina, o que resulta em um projeto totalmente integrado”, diz Luiz Fernando Motta Zanoni.
Os cômodos integrados por meio de caixilhos de vidro têm contato com a natureza e recebem iluminação e ventilação naturais. Ademais, o escritório explorou a ventilação cruzada, que permite que o ar circule por todos os ambientes, garantindo o conforto térmico na área interna.
Os banheiros recebem iluminação zenital: a luz reflete nos revestimentos cerâmicos das paredes e se espalha por todo o espaço. Já no banheiro da suíte principal, a iluminação é natural, entrando pelos vãos dos cobogós (que são da altura do pé-direito).
Todos esses fatores contribuem para a redução de gastos com iluminação e climatização, pois os moradores contam com conforto térmico natural.
A residência possui infraestrutura para uma cisterna de aproveitamento de água pluvial, além dos painéis solares para aquecimento da água. Além disso, na parte frontal do terreno, foram colocados pisos drenantes para aumentar a permeabilidade do solo.
No projeto paisagístico aproveitou-se a vegetação nativa do terreno. Uma análise microclimática foi realizada com o intuito de proporcionar benefícios como o conforto térmico, especialmente nas suítes, que recebem a sombra das plantas.
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