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Casa B

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Volumes sobrepostos, circulação fluida e ambientes integrados marcam o projeto da Casa B, de autoria do AR Arquitetos. Imagens: Maíra Acayaba
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Composição equilibrada

Texto: Vitória Oliveira

Com assinatura dos arquitetos Marina Acayaba e Juan Pablo Rosenberg (do AR Arquitetos), a Casa B foi contemplada com um projeto arquitetônico simétrico.

Para quem está do lado de fora da residência, a sobreposição dos volumes dá a impressão de uma volumetria flutuante. Além disso, os ambientes foram privilegiados com vista para a praça frontal e para o verde que circunda o projeto.

O principal desafio para o time de arquitetos foi materializar uma obra sem o uso de alvenaria convencional e com a aplicação de elementos metálicos. “Os moradores desejavam uma construção rápida e uma casa prática, racional e de fácil manutenção”, conta Marina Acayaba.

Volumetria discreta

A segmentação dos espaços foi a premissa para um layout fluido e organizado. Nos três pavimentos, os ambientes são interligados por uma escada posicionada sob a claraboia, que permite a entrada de iluminação zenital.

No térreo, as salas de estar e de jantar estão localizadas no bloco frontal. A ampla varanda gourmet para reunir amigos e familiares está interligada ao home theater que, por ser funcional, pode se transformar em um quarto adicional.

O primeiro andar – configurado como um retângulo – abriga a área íntima que se estende para uma janela orientada ao vão central com pé-direito duplo e com vista panorâmica para a praça à frente. Já no terceiro piso estão o jardim e o home office.

O interior do projeto foi pensado para ser minimalista e os espaços para serem estendidos ao exterior Foto: Ricardo Bassetti 

As aberturas do tipo piso-teto têm dimensões contidas, a fim de garantir privacidade aos moradores em relação ao exterior.

Ao passar pelo hall, os moradores e visitantes podem contemplar toda a volumetria do projeto e a diferenciação dos programas, através dos materiais utilizados. Para abrigar o bloco social, no térreo, os arquitetos construíram uma caixa de concreto aparente com grandes aberturas de vidro, em que a área social se conecta com a área de lazer.

Já uma caixa discreta revestida por brises feitos com chapa metálica microperfurada dá origem ao bloco íntimo, no andar superior, proporcionando privacidade aos moradores. “A composição resulta em um contraste suave entre o artesanal e o tecnológico, sobrepondo tonalidade e texturas”, sintetiza Marina.

Convite à natureza local

Assinado pelo Estúdio Oh!, o paisagismo mescla os ambientes internos à paisagem externa, dando a sensação de um único ambiente. Além disso, foi criado um telhado verde que garante conforto ambiental internamente e confere ao projeto uma ampla área de estar ao ar livre voltada para a copa das árvores da praça.

Espécies tropicais com prioridade para as plantas nativas foram escolhidas para compor os jardins ainda em formação que valorizam as vistas de dentro para fora da morada.

Para a iluminação, foi adotado o conceito de redução de pontos de luz, com destaque para pendentes delicados que parecem flutuar no espaço. As luminárias embutidas no forro, assim como os balizadores da escada, são ausentes de bordas e oferecem mínima interferência e máxima integração com o plano. Luminárias associadas à claraboia passam despercebidas durante o dia, mas à noite realçam a verticalidade do pé-direito elevado.

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2021
  • Área construída: 370 m²

Ficha Técnica

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