Com uma charmosa e imponente volumetria, a Residência CJ – assinada pelo escritório Andrade Morettin Arquitetos – revela uma verdadeira fusão entre arquitetura, design e natureza. Suas linhas contemporâneas transmitem a sensação de leveza e descontração em meio ao movimento da cidade de São Paulo.
A família desejava um lugar de descontração e convívio dentro da cidade. Diante disso, o nosso principal desafio foi conceber uma estrutura mínima e leve, de modo que o jardim fosse o protagonista Vinicius AndradeO projeto arquitetônico foi inspirado na famosa Farnsworth House, do arquiteto modernista Ludwig Mies van der Rohe. Sua estrutura harmoniza com as peças leves, lúdicas e atemporais do design de interiores desenvolvido por Samuel Lamas (Equipe Lamas).
A Residência CJ está localizada nos Jardins, bairro nobre de São Paulo (SP), e foi construída como um pavilhão horizontal transparente, onde os moradores podem receber amigos e convidados e, ao mesmo tempo, preservar a privacidade.
A morada foi construída com um sistema predominantemente industrializado e pré-fabricado de aço, madeira e vidro que reforçam a leveza do volume. Sua estrutura, configurada em planos leves e suspensos do solo, parece flutuar pelo jardim. Já a fachada, feita com delgadas esquadrias de alumínio e vidro, ressaltam a transparência.
Com um clima de veraneio dentro do perímetro urbano, a casa tem todos os espaços conectados ao jardim externo. “A família desejava um lugar de descontração e convívio dentro da cidade. Diante disso, o nosso principal desafio foi conceber uma estrutura mínima e leve, de modo que o jardim fosse o protagonista”, comenta o arquiteto Vinicius Andrade.
O projeto de paisagismo, assinado por André Paoliello, usou vegetação tropical que remete à Mata Atlântica e dialoga bem com os ambientes.
Dois decks de madeira fazem a transição entre o exterior e o interior e deixam os ambientes totalmente integrados entre si e com o jardim. O primeiro deck está logo na entrada do pavilhão e funciona como uma plataforma de acesso à residência. O segundo foi construído para ser a continuação da ala principal da casa e se alonga em direção ao jardim na intenção de formar um pátio mais reservado e tranquilo.
Há também um subsolo onde ficam as áreas de serviço e apoio, como cozinha, banheiros e um depósito. Como esses cômodos ficam no subsolo, sobrou mais espaço para o jardim.
A colunata que circunda a casa auxilia na delimitação dos espaços de circulação e fortalece a distribuição das vivências ao longo de seu eixo central. Além disso, ela funciona como complemento e extensão dos espaços internos.
Os sofás do Joaquim Tenreiro, que receberam um tecido tramado de couro e seda desenvolvido por Nani Chinellato especialmente para a casa, precisaram ser restaurados Samuel LamasO projeto de interiores é atemporal, com peças de diversas épocas, a maioria garimpada em leilões e galerias de arte.
A decoração conta com itens originais de designers modernistas, como Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin; peças clássicas internacionais assinadas por Charles Ray Eames, Harry Bertoia, Verner Panton e Paul Hennigsen; objetos de designers internacionais contemporâneos, como Antonio Citterio, Massimo Vignolli e Naoto Fukasawa; além de obras de arte contemporâneas de Sarah Morris, Olafur Eliasson, Lisa Oppenhiem e Alxandre da Cunha.
“Os sofás do Joaquim Tenreiro, que receberam um tecido tramado de couro e seda desenvolvido por Nani Chinellato especialmente para a casa, precisaram ser restaurados”, revela Samuel Lamas.
O projeto de iluminação também recebeu peças artísticas, como as luminárias francesas do designer industrial Serge Mouille. Elas formam um belo conjunto com peças funcionais e minimalistas.
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Residência OS, por Jacobsen Arquitetura
Residência BS em Laranjeiras, por CAT Arquitetura, Estúdio SB Arquitetura e Fabio Frutuoso Arquiteto
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