O projeto da nova sede do ensino fundamental da Escola Aubrick, localizado na região do Campo Belo, em São Paulo, nasceu com o objetivo duplo de reunir unidades que estavam separadas em pequenas edificações e atualizar o espaço físico de acordo com as evoluções recentes do projeto pedagógico da escola.
O projeto - assinado pelo escritório Andrade Morettin Arquitetos - foi elaborado a partir de uma série de diálogos ocorridos entre a equipe de arquitetura, a escola, seus educadores e professores, o que nos permitiu estruturar uma boa compreensão do projeto pedagógico da instituição, bem como de sua atmosfera familiar.
O projeto inicia-se assim com o entendimento da visão que a escola construiu para si e para o futuro do ensino. De acordo com essa visão, os espaços da escola são concebidos para o acolhimento tanto quanto para a exploração pedagógica. Os espaços são flexíveis, proporcionando grande liberdade em seus usos. Consequentemente, os espaços livres e ajardinados são considerados como o coração da escola, onde são encorajadas as atividades de lazer e socialização, na mesma medida em que podem também tornarem-se espaços para o ensino.
Tendo em mente os valores apontados acima, o projeto parte para uma ocupação do terreno onde os jardins são os protagonistas do espaço, de tal forma que os blocos edificados se organizam ao redor deles. As edificações, concebidas a partir de um sistema construtivo leve e comprometido com sua maior sustentabilidade, constituem um conjunto coeso e harmônico, fazendo uso de materiais diversos, tomando partido dessa diversidade para tornar-se, eles também, agentes didáticos.
A generosa presença de elementos de madeira e das cores é responsável pela criação de uma atmosfera doméstica e amena, contribuindo para a composição de uma gama de espaços diferenciados, propícios para a diversidade de experiências no dia-a-dia das crianças.
A distribuição das atividades pode ocorrer em dois pavimentos que têm seus átrios interligados por mezaninos, vazios, arquibancadas e jardins. Todas as salas abrem-se visualmente para esse lugar. A ideia é que os espaços se transformem conforme a necessidade, por exemplo, as grandes arquibancadas dos átrios principais podem se transformar em auditórios, espaços para apresentações teatrais, de dança, entre outras atividades.
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