Para a concepção da nova sede administrativa da construtora Engemold, em Cachoeirinha (RS), a Hype Studio Arquitetura partiu da própria atividade da empresa, que é especializada em construções pré-fabricadas de concreto. Ao empregar essa tecnologia, o projeto arquitetônico possibilitou uma obra econômica, com espacialidade única entremeada por pátios internos.
Quando procuraram os arquitetos, os clientes estavam preocupados com a funcionalidade do edifício e com o baixo custo da construção. Por outro lado, a Hype Studio Arquitetura também tinha a premissa de criar um espaço com presença institucional e alto conforto ambiental.
A grande questão era como alcançar esses objetivos utilizando as estruturas pré-fabricadas de concreto, que são características dos galpões industriais. “Por ser uma sede, o nosso desafio era conciliar essa técnica construtiva com o uso mais nobre, predominantemente administrativo”, contam os arquitetos Maurício Santos, Jean Grivot e Fernando Balvedi.
Com o intuito de manter tudo o mais simples possível, a escritório de arquitetura desenvolveu o edifício da Engemold adotando os mesmos elementos (em concreto pré-moldado) que são utilizados nas obras da construtora.
A estrutura – que vence um vão de maneira esbelta – dispensa forros, platibandas e revestimentos para manter o caráter institucional da edificação. “A partir de gestos simples, conseguimos qualificar o projeto sem escondermos o método construtivo, pelo contrário, tirando partido dele”, afirmam os arquitetos.
Para destacar a estrutura, os blocos de concreto foram mantidos aparentes. Essa opção contribuiu, ainda, para reduzir os custos da obra, já que eliminou a necessidade de reboco e pintura.
As instalações também seguem aparentes e reforçam o estilo de um ambiente fabril. Segundo os arquitetos, mantê-las dessa forma facilitará eventuais manutenções, bem como possíveis mudanças de layout. “Os núcleos de circulação e dos banheiros são separados dos salões de trabalho, o que torna o local ainda mais flexível”, complementam os arquitetos.
Na parte frontal, o destaque fica para a pele de vidro e para o recuo da fachada, que cria uma área de transição coberta.
Como descrevem Santos, Grivot e Balvedi, o programa foi distribuído em dois pavimentos, com pé-direito duplo no acesso. Os ambientes seguem divididos em três setores, por sua vez entremeados por pátios internos que favorecem a iluminação e a ventilação cruzada. Formam-se, assim, jardins, áreas de convivência e núcleos de circulação vertical que cumprem a função de conectar essas zonas. Elas exploram os visuais criados a partir das aberturas e valorizam o dia a dia na empresa.
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