Ao desenvolver o projeto de paisagismo da TG Ilhabela, litoral de São Paulo, o escritório Alex Hanazaki Arquitetura Paisagística buscou criar uma mata tropical ao redor da casa, inserindo-a completamente no entorno, da forma mais harmônica possível.
Segundo o arquiteto e paisagista Alex Hanazaki, com o trabalho realizado no terreno de cerca de 3 mil metros quadrados foi possível criar um jardim a beira-mar, com muitas plantas tropicais garantindo a exuberância.
“Inspiramo-nos na mata tropical natural, porém, criando desenhos mais definidos, que levam os integrantes o tempo todo por caminhos e surpresas”, ilustra.
O processo de criação de Alex Hanazaki passou por duas etapas diferentes, uma vez que a proprietária do projeto adquiriu o lote vizinho após a conclusão dos primeiros trabalhos.
Inicialmente, o terreno contava com uma área de aproximadamente mil metros quadrados e com uma casa que já havia passado por uma pequena reforma. O escritório fora, então, chamado para desenvolver o paisagismo e trazer novos elementos à construção, como o aumento da piscina e o espelho d’água.
“Quando o projeto já estava praticamente concluído, a aquisição do terreno ao lado nos fez entrar novamente em um processo de criação”, comenta.
Segundo Hanazaki, a evolução da obra trouxe um novo uso para o TG Ilhabela. “Na primeira fase, usamos plantas tropicais e as nativas brasileiras, que se adaptaram facilmente ao local. Já na segunda, vi a necessidade de oferecer elementos diferentes”, explica o arquiteto. Assim nasceram as áreas de convivência, o deck, a varanda, uma área gourmet, entre outros ambientes.
O maior desafio do projeto foi o terreno, por ser bastante acidentado. O deck, por exemplo, foi criado de forma que ficasse acoplado à piscina, que, por sua vez, foi concebida em etapas. Como os arquitetos não quiseram perder o que tinham feito na primeira fase do trabalho, seguiram um jogo de quebra-cabeça, montando conforme a topografia original. O objetivo foi trazer a sensação de integração, mesmo com a irregularidade do lote.
“A vista que o terreno traz é incrível e precisava ser conservada. O solo é de encosta, por isso, o diferencial foi criar um jardim exuberante respeitando a paisagem e tirando o maior proveito deste desnível”, conta Hanazaki.
Uma grande escadaria une o antigo terreno do TG Ilhabela ao novo. “Essa escada precisava ser confortável e divertida, para que o trafego de pessoas fosse prazeroso”. Para isso, o arquiteto trouxe elementos como vegetação colorida, água, iluminação pontual e pedras.
A gama de espécies de plantas é enorme, todas da mata atlântica ou regiões costeiras brasileiras de clima tropical. Há muitas helicônias, alpinias, costus e filodendros. O escritório optou por priorizar espécies de fácil manutenção e que não exijam poda, porém, o jardim é grande e acaba requisitando uma limpeza diária para manter o aspecto organizado. “É um paisagismo que enaltece o que há de mais bonito na flora tropical”, destaca.
O projeto arquitetônico do TG Ilhabela tem um ar despojado e aconchegante, e o paisagismo seguiu esta mesma linha, criando espaços confortáveis e belos. A vista foi muito valorizada com o trabalho do escritório. Segundo o paisagista, a grande meta desse projeto era deixar o belo mais belo, o que foi bastante desafiador, já que tudo parecia tão perfeito.
“A cliente tem muito respeito pela natureza e por nosso trabalho, por isso a forma como esse jardim foi criado e como atualmente é mantido fazem dele uma obra de arte. Hoje, ela me diz que o nosso projeto mudou o seu estilo de vida, e isso é muito gratificante”, conclui Hanazaki.
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