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Escola do Bairro

Escola do Bairro
Para oferecer diversas experiências às crianças da Escola do Bairro, o Agrau arquitetura brincou com espaços ao ar livre, cobertos, avarandados, transparentes e vazados. Imagens: Pedro Vannucchi
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Passado com marcas do presente

Texto: Thais Matuzaki

Nome e conceito desta escola foram os pilares que sustentaram o projeto arquitetônico desenvolvido pelo Agrau arquitetura. A Escola do Bairro é uma instituição que apropria-se do bairro da Vila Mariana, em São Paulo, como uma maneira de educar as crianças com experiências vividas tanto dentro quanto fora das salas de aula.

Para introduzir isso na prática, o escritório de arquitetura requalificou um antigo casarão e construiu um pavilhão anexo. A primeira medida, por um ato de respeito e valorização do que já existia ali; a segunda, para estimular o contato da criançada com o exterior (o bairro). É por conta disso que a nova construção brinca com transparências e elementos vazados, além de desfrutar de varandas e pátios ora cobertos, ora ao ar livre.

Valorização do entorno

De acordo com o site da escola, o bairro da Vila Mariana foi escolhido pela diretora por guardar memórias de infância do local, bem como pela presença das árvores. E mais: a pequena casa existente, que mantém viva a história das residências paulistanas dos anos 1940/50, está implantada num terreno com entorno tombado pelo patrimônio histórico.

A Cinemateca de São Paulo, o Parque do Ibirapuera, o Museu de Arte Contemporânea da USP e o SESC fazem parte desse bem cultural. Segundo o arquiteto Gabriel Grinspum, “esses lugares reforçam o valor da cidade como local que inspira o conhecimento e a convivência humana.”

União de conjuntos

Ainda com cara de sobrado, o antigo casarão precisava se adaptar aos usos da Escola do Bairro, principalmente a estrutura interna. Em contrapartida, a fachada foi apenas restaurada, conservando, assim, os traços que revelam sua época. Beirais, esquadrias, telhado de tijolos e sacada lembram que, naquele lugar, as crianças podem ter o conforto e o aprendizado de uma ‘segunda casa’.

Mesmo dentro da sala, as crianças não perdem o contato com o exteriorFoto: Pedro Vannuchi

Portas e janelas não mudaram de lugar, mas foram ampliadas para intensificar o contato dos alunos com o ambiente externo. Nesse mesmo sentido, muitas paredes e fechamentos foram dispensados, exceto quando realmente necessários, como, por exemplo, na divisão das salas de atividades, áreas administrativas e técnicas da escola.

Como descreve Grinspum, um pequeno volume estranho ao casarão foi preservado para abrigar as áreas molhadas da escola. Trata-se de uma torre cinza, que brinca com aberturas geométricas de diferentes tamanhos, contrastando com a arquitetura clássica da casinha.

Junto a esse volume surge uma marquise que se desenvolve para o interior do lote, organizando os fluxos e definindo os espaços vazios do conjunto. Para complementar o programa da escola, um pavilhão segue anexado aos outros elementos construtivos. As aberturas geométricas, que marcam uma das paredes do segundo pavimento, correspondem às adotadas na torre. No térreo, portas de correr de vidro reforçam a idea de integração do projeto. “Tudo isso permite que, tanto os elementos humanos como os naturais, estejam presentes no dia a dia das crianças”, afirma o arquiteto.

Os arquitetos do aGRau Arquitetura protegeram o conjunto anexo com duas coberturas metálicas que determinam os espaços vazios cobertos. Como todas as edificações que compõem a Escola do Bairro alinham-se numa das margens do terreno, a outra parcela ocupa um extenso corredor. Com boa parte ao ar livre, esse espaço também ganha uma área coberta em função das estruturas do telhado.

Nos fundos do lote, um jardim se apresenta com uma grande árvore, cuja copa avança para dentro das salas da escola.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2016
  • Conclusão da obra: 2017
  • Área do terreno: 500 m²
  • Área construída: 340 m²

Ficha Técnica

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