A imagem de que toda biblioteca é fechada, escura e intimidadora fica para trás ao conhecer a Biblioteca São Paulo, localizada no Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo. Parte da revitalização urbana da cidade, o projeto – de autoria da Aflalo & Gasperini – já nasce para quebrar paradigmas. Com 4.250 m² o local é claro e possui aberturas zenitais. No térreo figuram paredes de vidro recuadas da fachada, o que garante sombreamento calculado, farta iluminação natural e consequente economia de energia.
O mesmo terreno que abrigou o extinto presídio Complexo Carandiru agora tem estrutura que acomoda uma planta livre, formada por espaços amplos com grande flexibilidade de layout e pé-direito alto. Os vidros das janelas exibem serigrafias lúdicas – para dar mais intimidade a quem lê ou pesquisa.
A obra tem o objetivo de atrair também o público não leitor. “Este é um projeto-piloto que poderá ser replicado em outras cidades do Estado”, declara o arquiteto Roberto Aflalo.
O antigo pavilhão sofreu poucas alterações estruturais. Entre elas, o reforço das paredes internas, para que pudessem sustentar as prateleiras. A edificação é formada por 20 pilares de sustentação e dez vigas principais dispostas a 10 m uma da outra, cada uma com 15 m de vão, além de laje alveolar.
No pavimento térreo está recepção, acervo, auditório para 90 pessoas e módulos de leitura para crianças e adolescentes. O terraço comporta uma estrutura tensionada, que lembra “tendas náuticas”. No andar superior estão acervo, espaços de leitura com um módulo apenas para adultos, e áreas multimídia. Os terraços têm nas fachadas leste e oeste, de maior insolação, pérgulas com laminados de eucalipto de reflorestamento e policarbonato. Já as demais fachadas são fabricadas com placas de concreto pré-moldadas e acabamento texturizado colorido.
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