Inovador, o projeto do complexo multiuso Parque da Cidade, localizado na Zona Sul da capital paulista, prevê a integração de edifícios corporativos, residenciais e comerciais. Com área de, aproximadamente, 80 mil m², é composto por 10 edificações – cinco torres corporativas, uma de escritórios, duas residenciais, um shopping e um hotel.
A proposta que prevê a revitalização de uma área degradada tem como eixo principal um parque linear de 62 mil m² aberto ao público eEsse parque linear nos ajudou a dividir o espaço, criando um volume contínuo e preservando a unidade do empreendimentoFelipe Aflalo dotado de infraestrutura de serviços e lazer como restaurantes, teatro, playgrounds e ciclovias. “Esse parque linear nos ajudou a dividir o espaço, criando um volume contínuo e preservando a unidade do empreendimento”, comenta Felipe Aflalo, do escritório de arquitetura Aflalo e Gasperini.
Essas torres foram dispostas em paralelo ao parque linear, no sentido longitudinal, para aumentar a iluminação natural e reduzir a incidência de calor – reduzindo custos de refrigeração e uso de iluminação artificial.
As duas torres residenciais foram dispostas de forma oposta às corporativas. Assim recebem mais sol e têm as edificações corporativas e a vegetação como barreiras acústicas contra os ruídos provenientes da Marginal Pinheiros.
Para otimizar o processo construtivo serão usadas lajes alveolares e sistemas pré-moldados. Eles serão entregues prontos no canteiro de obras para reduzir o efetivo de mão de obra. As fachadas serão feitas com painéis pré-moldados, sistema unitizado de caixilhos e vidros.
O complexo deve ter 22 mil m² de áreas verdes permeáveis – serão plantadas mais de mil árvores de 30 espécies nativas seguindo uma paleta de gradação de cores. Além de tornar a proposta mais bela e sustentável, o projeto considera a orientação das correntes de ar e o sombreamento projetado pelas torres e pelas árvores para que o paisagismo minimize as ilhas de calor, forme barreiras acústicas e favoreça a retenção de águas pluviais.
Está prevista a criação de áreas permeáveis, lago e calçadas com biorretenção para reter a água das chuvas e aumentar a captação para reuso.
Telhado verde, teto refletivo, fachadas de vidro de alta performance, células fotoelétricas, sensores de ocupação e captação de energia solar para aquecimento da água são algumas das propostas para aumentar a eficiência energética do empreendimento. As soluções sustentáveis são tantas que tornaram o Parque da Cidade elegível à certificação LEED ND (Neighborhood Development), do US Green Building Council, inédita no Brasil e concedida apenas a projetos que impactam de forma positiva no seu entorno. “Todos os detalhes desse complexo foram planejados para oferecer qualidade de vida e impactar positivamente a região e a cidade”, declara Paulo Melo, diretor regional da Odebrecht Realizações Imobiliárias.
As soluções para gestão da água – que incluem sistema de esgoto a vácuo, mictórios secos e sistemaCom essas e outras medidas a expectativa é que haja redução de 50% na geração dos resíduosFelipe Aflalo de irrigação inteligente, com estação meteorológica e medidores da umidade do solo – reduzirão em até 67% o consumo da água tratada. O benefício é também financeiro – a expectativa é que as medidas que reduzem o consumo de água gerem economia de 1,8 milhão por ano.
O Parque da Cidade contará com coleta de resíduos a vácuo e tratamento de resíduos orgânicos. “Também será promovida sua reciclagem e reuso, além da geração de energia a partir do lixo orgânico e compostagem, minimizando a emissão de gás metano na atmosfera. Com essas e outras medidas a expectativa é que haja redução de 50% na geração dos resíduos”, Felipe Aflalo, do escritório de arquitetura Aflalo e Gasperini.
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