A unidade Anália Franco do Hospital e Maternidade São Luiz é a terceira da rede e a maior em extensão, dispondo de 43 mil metros quadrados de área construída, 180 apartamentos e 279 leitos. Localizada na zona leste de São Paulo, ela teve seu projeto arquitetônico assinado pelo escritório Zanettini Arquitetura, que separou o edifício em dois blocos: maternal e geral.
Dois grandes volumes escalonados nas fachadas frontal e posterior marcam a forma do edifício e abrem espaços para transformar o terreno em uma praça, ocupando toda a quadra. Esse escalonamento tem grandes vãos que exigem uma complexa solução estrutural para um edifício com estrutura de concreto.
“A volumetria rica e solta do solo liberou todo o espaço na sua base incorporando as vias do entorno e abrindo-se para toda a vizinhança”, comenta o arquiteto Siegbert Zanettini.
Predominantemente, as fachadas abertas do Hospital e Maternidade São Luiz são destinadas às internações avarandadas, e as fechadas constituem os blocos cirúrgico e obstétrico, pavimento técnico e UTI. “Para dar leveza estética à acentuada volumetria horizontal, criamos varandas, passarelas, panos de vidro e cores na fachada”, conta.
Os três primeiros pavimentos das fachadas frontal e posterior são escalonados, em balanço. Essa solução gerou um amplo átrio, que vai do hall da entrada até o espaço aberto nos fundos, que circunda o auditório e o restaurante.
Acima da última passarela, no sétimo pavimento, a estrutura metálica do heliponto faz o coroamento do prédio. A divisão criou um grande espaço central, permitindo a implantação de um jardim com espelho d’água no quarto piso, para o qual se voltam todos os ambientes de estar dos andares superiores. “Boa parte do térreo é ajardinada, configurando uma praça de passeio, circulação de pedestres e veículos e jardins”, relata o arquiteto.
O térreo do Hospital e Maternidade São Luiz conta com recepção, estar, lojas, capela, auditório e restaurante. A declividade deste andar foi aproveitada para a implantação do pronto-socorro, consultórios, setor de diagnóstico e tratamento, laboratórios e equipamentos de imagem.
Abaixo do quarto andar, o volume se une longitudinalmente, abrigando, no centro, os serviços de apoio comuns às duas alas. Com essa solução, foi possível otimizar o uso dos equipamentos e o trabalho das equipes médica e de enfermagem.
“A forma resultante, a clareza funcional, a riqueza de espaços externos e internos e a união entre os dois blocos por uma ponte em arco abaixo do heliponto são características que merecem ser ressaltadas”, conclui Zanettini.
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