Em 1950, o arquiteto Oscar Niemeyer realizou o projeto dos edifícios da FGV – Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. O trabalho incluía dois blocos verticais interligados por uma esplanada suspensa do nível da rua. Do conjunto, apenas um prédio com pilares em “V”, nomeado Sede da FGV, foi construído.
Já em 2009, João Niemeyer recebeu o convite da instituição para dar continuidade ao projeto inicial realizado pelo seu tio. O objetivo era tirar proveito das principais tecnologias – como a eficiência energética –, sem perder as características da primeira proposta.
Quatro anos depois, a Torre Oscar Niemeyer e o Centro Cultural, interligados por uma grande esplanada, foram inaugurados. As edificações estão orientadas para a praia de Botafogo.
Os três edifícios possuem mais de 44.735 m² e são compostos por duas torres, centro cultural, esplanada e dois subsolos.
Intitulada Torre Oscar Niemeyer, a construção está distribuída em 19 pavimentos, dois subsolos e cobertura. Dos andares mais altos, é possível contemplar o belíssimo cenário da cidade carioca: a enseada de Botafogo, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, a Ponte Rio-Niterói e o Aterro do Flamengo.
Além disso, possui o Certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), baseado em uma construção de alta performance e ambientalmente sustentável. A certificação foi concebida devido à otimização energética, ao uso de energia renovável, preservação e restauração da biodiversidade, redução da poluição luminosa entre outras características.
A premissa era criar um grande auditório e uma biblioteca, além de espaços que pudessem ser aproveitados para mostras e espetáculos musicais. O resultado foi um Centro Cultural com salas de estudo, auditórios e espaço para exposições, todos organizados em três pavimentos.
Consequentemente, o bloco central foi pensado e construído com equipamentos de áudio e vídeo, integrando o auditório e o espaço para eventos para que pudessem funcionar simultaneamente. Já a biblioteca é separada acusticamente.
O conjunto revela uma característica marcante de Oscar Niemeyer: as linhas curvas. Além disso, as poltronas, de autoria do arquiteto, ganharam destaque no hall principal. O mobiliário harmoniza com as pinturas e esculturas de diversos artistas brasileiros. O resultado foi um prédio funcional, autêntico e muito harmonioso.
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