O arquiteto Lucas Padovani, do escritório Padovani Arquitetos, optou por uma volumetria clara, limpa e objetiva na hora de construir a casa em que vive com sua família, em um condomínio fechado de Campinas, interior de São Paulo.
Com 300 m², a morada é compacta e funcional e foi construída sob as premissas de economia de recursos e materiais, construção ágil (10 meses), integração com o paisagismo e efeitos de iluminação natural. “A Residência Sabará possui arquitetura com alma brasileira”, define Padovani.
A Residência Sabará possui arquitetura com alma brasileiraLucas PadovaniUma das vontades, visto o lote, era que as perspectivas panorâmicas do terreno fossem potencializadas, apesar da sua metragem de 350 m². “Para otimizar de forma inteligente a implantação em um terreno compacto, o projeto tira partido da legislação que permite encostar a construção nas laterais do lote”. Com isto ganhou-se área externa ao fundo e surgiu a ideia de aproveitar a cobertura para criar uma área de lazer panorâmica, com spa, deck e sauna.
A área fez com que o sistema estrutural fosse otimizado. “Adotamos a execução em alvenaria estrutural, minimizando pilares e vilas e favorecendo grandes vãos. As alvenarias externas já serviram como apoio das lajes que vencem o vão de 8 m do bloco principal”, explica Lucas.
No pavimento térreo está setorizada a ala de serviços e lazer (lavanderia, cozinha, varanda gourmet e vestiário), revestida em pedra madeira natural e que cruza todo o canto esquerdo do terreno no sentido longitudinal, criando um fluxo contínuo e organizado para essas funções importantes do dia a dia.
Já do lado direito estão duas empenas marcadas com revestimento cimentício, que criam elemento de apoio para o bloco superior dos dormitórios – os quais podem se abrir para frente ou para o fundo do lote graças aos grandes painéis de correr de madeira cumaru ripada.
Sob este bloco estão a sala de estar e jantar completamente abertas para uma exuberante jabuticabeira Sabará – daí o nome da morada – que reina no jardim. “Essa árvore já estava no lote e todo o projeto foi desenvolvido para abraçá-la.” Junto a ela, o paisagista Alexandre Furcolin criou uma praça com banco em gabião de pedra de chão, fazendo do jardim o espaço de maior convívio da família.
A disposição de todos os ambientes foi feita para otimizar a área do lote, como a cozinha e a sala que podem ser completamente integradas por meio de um grande painel de correr em madeira cumuraru ripada.
O mesmo acontece com o pé-direito duplo do átrio central, que abriga uma escada e um jardim tropical, e conecta todos os espaços de circulação da residência. “Por meio deste importante elemento central, os pavimentos da casa se integram internamente e integram também a família no dia a dia.”
De acordo com Lucas, os materiais mais utilizados foram a madeira (cumaru), a pedra (madeira) e o concreto. “Eles completam uma trilogia que se repete com sucesso no repertório do escritório, além do vidro em generosas aberturas”, finaliza.
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