Implantada em um terreno de acentuado declive, a Residência N desfruta de uma bela vista para a paisagem natural da região de Vinhedo, interior de São Paulo, onde está localizada. Seu projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo escritório paulista F:Poles Arquitetos Associados, que, em função das características do lote, propôs a criação de amplos níveis de convivência, integrados visual e espacialmente.
“A princípio, o projeto precisava atender à necessidade de moradia permanente dos clientes, mas depois sua finalidade principal foi modificada, tornando-se uma residência voltada ao lazer, onde eles pudessem receber confortavelmente os convidados”, relata o arquiteto Fábio Monteiro.
A estrutura metálica é predominante no projeto e permitiu uma obra limpa e sem desperdícios, além da redução do tempo estimado para conclusão. O design da casa foi escolhido buscando-se valorizar e evidenciar o sistema estrutural adotado, em integração visual com todos os materiais empregados.
O recuo do terreno influenciou na construção da fachada e permitiu a criação de volumes inclinados, sem comprometer a funcionalidade dos ambientes. Os arquitetos optaram por usar aço, madeira, pedra e vidro nas fachadas, a fim de transparecer uma construção mais concisa.
“Com isso, foi possível integrar os ambientes externos e internos, sendo que os mesmos materiais foram utilizados no projeto de interiores, unificando a proposta como um todo”, conta Monteiro.
No interior, toda a área social está integrada. A sala de estar, por exemplo, se comunica ao mesmo tempo com o home theater e com a cozinha. Os demais ambientes estão conectados visualmente.
Na definição do design, o escritório procurou usar materiais em sua essência, marcando bem a identidade do projeto. Linhas retas foram escolhidas para aproveitar ainda mais a vista, de maneira panorâmica, e também permitir uma composição atemporal.
Os grandes panos de vidro desbloquearam a visão dos moradores para a vegetação. E para dialogar com o entorno, os arquitetos usaram linhas retas e volumetrias bem definidas, com materiais naturais, como pedra e madeira.
Cada material foi colocado em um local específico para ser utilizado de acordo com sua função. Os vidros foram colocados nos painéis de fechamento, ora transparentes ora translúcidos, e em grandes vãos de pé-direito para entrada de iluminação natural e integração visual com o exterior. Já a madeira foi usada como painel de revestimento, em paredes e forros, a fim de obter maior conforto térmico, acústico e também aquecer os espaços.
O revestimento em pedras naturais também foi escolhido para aquecer os cômodos só que com recortes menos lapidados. Por fim, o aço foi utilizado em toda a estrutura e sua aparência foi mantida como parte integrante da identidade do projeto.
A entrada de luz natural é abundante na casa, o que ajudou a diminuir a necessidade de iluminação artificial. Todavia, luminárias foram usadas pontualmente em algumas partes do projeto para valorizá-las.
O projeto de paisagismo foi inserido para complementar a natureza já existente e consolidada no entorno. Por fim, a residência conta com automação, usada para permitir a comunicação entre os elementos de lazer e conforto.
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