Localizada no 18º distrito de Paris, a pré-escola Pajol foi projetada e concebida para interagir com a região, por meio de cores e ambientes vibrantes que se integram com o entorno.
O projeto é uma grande renovação, com um arranjo de espaços internos e externos junto ao design do mobiliário. O prédio da pré-escola estava em más condições, porém, as qualidades arquitetônicas eram óbvias: as amplas salas do pavimento superior já contavam com aberturas generosas para o exterior, e os tijolos traziam harmonia à edificação na fachada desse segundo andar.
De acordo com o arquiteto responsável pelo projeto, Santiago Sierra, do escritório francês Olivier Palatre Architectes, o grande desafio da obra foi tornar a escola agradável e funcional, e garantir a revitalização do bairro com sua concepção. “Nós reorganizamos os espaços e as aberturas para o pátio externo, explorando as empenas existentes”, explica.
Sierra conta que projetar uma escola traz muito significado e responsabilidade para a equipe. “Apoiamos crianças na pré-escola. A arquitetura foi utilizada para trazer calma e felicidade aos pequenos neste novo ciclo”, destaca.
A edificação conta com quatro salas de aula, salas de descanso, oficina e bagunça, sala administrativa, cozinha e almoxarifado, além de biblioteca, sala mestra para atividades e eventos em geral e espaço para cultivo de plantas e flores.
O pátio frontal foi concebido para ser um símbolo urbano e trazer identidade à pré-escola. Ele se desdobra em três níveis, criando um ambiente divertido para as crianças. A fachada é esculpida do piso térreo até o pátio externo, propiciando um espaço ensolarado para travessia.
Os espaços internos, com diferentes cores nas paredes, móveis de geometrias variadas e materiais heterogêneos e agradáveis ao toque – como madeira, borracha e metal –, criam emoções e sensações diferentes aos espaços. “Esses detalhes estimulam alunos e funcionários”, complementa Sierra.
O arco-íris tornou-se a força motriz do projeto arquitetônico, com cores que vão se espalhando para baixo nas paredes e pisos da escola para orientar as crianças. Também desempenham um papel de identificação no projeto: as portas das salas de saúde são pintadas de vermelho, para traduzirem urgência, por exemplo.
Cada nível tem uma cor específica. As portas das salas de aula têm a mesma cor também no chão. “Optamos por deixar as paredes das salas de aula brancas para que os alunos possam se expressar. A linguagem da cor é a primeira registrada pelas crianças, por isso, o edifício – com cores em todos os espaços – é familiar a elas”, enfatiza. O arquiteto também destaca o jogo de amarelinha e a serpente colorida desenhados no pátio e o jardim educacional.
“Diz a lenda que ao pé de um arco-íris tem um tesouro. O tesouro pode ser o novo edifício, ou melhor, as crianças, que são o futuro. O tesouro é a educação, fundamental para a nossa sociedade”, conclui.
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