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Pocket House

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Inserida em um container, residência com menos de 30m² alia decor rústico e mobiliário funcional em um programa moderno e sustentável. Imagens: Jomar Bragança
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Caixa deslumbrante

Texto: Marina Cabral

Com projeto moderno, funcional e sustentável, a Pocket House, localizada em Belo Horizonte (MG), se insere na natureza de maneira peculiar.

Estruturada em um container que seria descartado, ela foi projetada para ser uma casa de bolso, abrigando todo seu programa – com exceção do deck da cobertura – em apenas 29,89 m.

Pequena por fora, ampla por dentro

O container naval de 40 pés possui externamente as dimensões de 12,20m x 2,44m. Internamente, as medidas de 11,80m x 2,34m ganharam a sensação de amplitude com a inserção de portas de correr de vidro que revestem sua face frontal.

De acordo com Cristina Menezes, arquiteta responsável pelo projeto, a escolha da madeira para revestir toda a casa foi proposital. “Para perdermos a referência do que é teto, piso e parede em um espaço com pé-direito pequeno, e aumentar a sensação de amplitude, instalamos assoalhos de madeira Ipê certificada – tanto para o piso quanto para as paredes e teto nas áreas secas –, e deck em madeira Ipê certificada nas nas áreas molhadas, como o banheiro e o deck superior”, explica. Ela também destaca o aproveitamento da lateral de aço, que foi extraída do container para criar o deck e, assim, estender as áreas social e de lazer.

Programa móvel e funcional

A arquiteta ressalta a importância da obra seca e sem resíduos, que garantiu maior mobilidade à residência. “Todos os materiais utilizados como revestimento foram aparafusados numa estrutura metálica soldada nas chapas do container. Isto garante futuras locomoções sem danos aos revestimentos durante o transporte”.

Cristina explica que a obra civil foi somente a base de sustentação do container e que, com isso, ele pode ser transportado a qualquer hora, para qualquer local, sem nenhum transtorno ou retrabalho. “Somente os móveis e os vidros – todos soltos – podem ser transportados separadamente”, conta.

A infraestrutura da Pocket House, tanto elétrica quando hidráulica, foi inserida abaixo do deck para não ser notada, assim como as caixas d’água. Além disso, a funcionalidade do mobiliário faz com que a casa seja bastante flexível. “Em um espaço com cozinha, mesa para jantar, sala, banheiro e um quarto com bancada para escritório, havia a necessidade de abrigar um programa facilitador. Por isso, todos os móveis utilizados são leves e fáceis de movimentar para uso dentro ou fora da casa”, explica.

A arquiteta também destaca os pequenos caixotes de madeira que servem como assento, mesa ou armário; e os rodízios da bancada da cozinha e da mesa. “Eles facilitam a movimentação deste mobiliário mais pesado”, completa.

Sustentabilidade e diferenciais

A estrutura em madeira, por receber lã de vidro no espaço formado entre sua instalação e a parede do container, garante maior conforto termoacústico à residência. “Aplicamos também um anticorrosivo e uma base com tecnologia nano nas paredes externas de aço antes da pintura final”, frisa a arquiteta. A transparência proporcionada pelos vidros complementa esse diferencial sustentável com a entrada de ventilação e iluminação naturais.

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Decameron
Projeto Container Brasil
Loft Sustentável

 

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2013
  • Área do terreno: 1200 m²
  • Área construída: 47 m²

Ficha Técnica

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