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Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer

Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Sobre o canal Guarapiranga, duas estruturas circulares metálicas flutuam, facilitando o vai e vem de pedestres e ciclistas. Imagens: Pedro Kok
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
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Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer
Passarela Sobre o Canal Guarapiranga - Bayer

Inspirada na vitória-régia

Texto: Tais Mello

Pedestres e ciclistas que circulam diariamente, a passeio ou trabalho, próximos às vias da margem do Rio Pinheiros, em São Paulo, agora podem contar com um grande facilitador na malha urbana: uma ponte de pedestres. A pequena estrutura metálica atravessa o canal do Guarapiranga, na confluência com o rio Pinheiros, e conecta os dois trechos da ciclovia que margeia o rio, ampliando-a em 2,8 km. A passarela também interliga o bairro do Socorro às estações de trem e metrô e facilita o acesso de uma margem à outra. Com projeto do escritório Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo, a funcional estrutura não só representa uma facilidade de acesso para a região, como tem impacto positivo na paisagem urbana. O desenho das duas bases estruturais no rio remete à flor aquática vitória-régia que parece flutuar sobre a água. Tratam-se de pilares e anéis ligados por uma rede de vigas metálicas que partem do centro das colunas e imitam a estrutura da planta. O arquiteto Roberto Loeb vê no projeto uma importante contribuição para recuperar e transformar a paisagem da metrópole paulistana. “Quem atravessar o canal poderá admirar a natureza ao passar por essas ilhas verdes tão bem integradas ao cenário do rio”, sugere.

A ponte representa também um meio de recuperar e transformar a paisagem da metrópole paulistana, pois quem atravessar o canal poderá admirar a natureza, ao passar pelas ilhas verdes integradas ao cenário do rio Foto: Pedro Kok

Materiais nobres

Calcula-se que diariamente 15 mil pessoas utilizarão a passarela. A obra financiada pela Bayer – com sede próxima a uma das extremidades da ponte – tem apoio do governo do Estado, que gere as margens do rio. O custo final soma cerca de R$ 5 milhões. As duas ilhas centrais com estrutura de metal e concreto armado são constituídas por plataformas circulares metálicas de 18 metros de diâmetro, apoiadas sobre tubulões de concreto de dois metros de diâmetro. Cada uma das plataformas cobertas de vegetação sustenta os cerca de 90 metros de extensão da ponte, que tem 2,5 m de altura.

Design, Paisagismo e Iluminação

O projeto paisagístico cria um jardim suspenso com diversas espécies nativas. A expectativa é de que Quem atravessar o canal poderá admirar a natureza ao passar por essas ilhas verdes tão bem integradas ao cenário do rio Roberto Loeb em médio e longo prazo as plantas formem um jardim suspenso sobre a ponte, tornando-a ainda mais atraente. Enquanto durante o dia o espetáculo é a composição entre o design e a vegetação, que em breve deve protagonizar a estrutura, à noite é o projeto luminotécnico – trabalhado com LEDs coloridos –, que oferece um show aos transeuntes.

Automação: passarela móvel

Para manter a navegabilidade do canal, o projeto tem duas passarelas fixas e duas móveis – estas localizadas no centro, entre as duas ilhas, e movidas por motores elétricos de alta potência. A importância desse recurso extra é permitir a passagem periódica de embarcações de dragagem e manutenção do canal. Vale ressaltar que para determinar a extensão ideal do vão livre para a passagem, que é de 12 m, o projeto considerou as dimensões da embarcação, atendendo à solicitação da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). A necessidade de criar uma estrutura móvel determinou a opção por um mecanismo de ponte rolante, de forma que os apoios também puderam ser projetados da maneira convencional. A solução relativamente simples utiliza um sistema que contribuiu para redução de custos. Assim, as partes móveis deslizam como se fossem portas pivotantes, deixando o caminho livre. A estrutura de vigas metálicas, por sua vez, é apoiada em apenas dois pontos na água, o que facilita a execução da fundação na espessa camada de lodo que cobre o fundo do canal. Dois tipos de piso delimitam a área para pedestres e para ciclistas. Como se fosse um deque, pranchas de madeira sinalizam o caminho a ser percorrido a pé. Já para as bicicletas e outros veículos leves foi projetado um gradil de chapas metálicas eletrofundidas. Por entre a grelha os aventureiros podem ver bem de perto a superfície das águas.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área construída: 90 m²

Ficha Técnica

Fornecedores desta obra

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