A Hugo Boss é uma empresa multinacional que vende roupas de luxo para um público jovem e cosmopolita. Convidado para desenhar o projeto de interiores do escritório da marca em São Paulo, o Studio MV Arquitetura seguiu o mesmo conceito usado nas lojas que comercializam os produtos, com um estilo industrial e elegante.
“A construtora Hauz nos convidou para participar de uma concorrência, fizemos a proposta e fomos escolhidas para elaborar e implantar o projeto em conjunto”, contam as arquitetas Marina Mello e Victoria Lang.
Por se tratar de uma empresa multinacional, elas tiveram que seguir uma espécie de guidebook com referências dos escritórios existentes em outros países.
O conjunto escolhido para abrigar o escritório estava em boas condições e com alguns espaços prontos para uso – como os banheiros e a sala de reunião no mezanino. O projeto previu a criação de salas para os diretores, uma sala menor para reuniões e uma copa aberta, que segue um conceito de lounge, presente nos demais escritórios da marca mundo afora, adequando o ambiente ao estilo pretendido.
As salas dos diretores foram cuidadosamente pensadas para atender às necessidades de cada líder, mantendo simetria e proporção entre cada uma e a identidade da marca. Segundo as sócias, o layout foi planejado de forma que a empresa não perdesse amplitude e conectasse staff e diretoria com a devida privacidade. A copa aberta é um importante ambiente de interação entre a equipe.
O mobiliário foi desenvolvido conforme a escolha do cliente, com um resultado que não só transmitiu o estilo industrial e o ar sofisticado da marca, como também conseguiu dar personalidade e individualidade ao conjunto. Através da marcenaria personalizada foi possível criar ambientes funcionais, com bastante espaço de armazenamento e sem perder a questão estética.
Para a sala de reunião do mezanino, a equipe do Studio MV Arquitetura desenhou uma mesa retangular com as laterais arredondadas para acomodar 14 pessoas. A área do staff ganhou uma estante piso-teto, que garantir um espaço reservado à copa sem perder a amplitude visual e para que o espaço continuasse a receber luz natural. “Desenvolvemos os móveis dessa área em parceria com a Hauz, desde as mesas até os gaveteiros”, contam as arquitetas.
Com o conceito industrial bem consolidado, buscamos referência nos materiais utilizados nas lojas e em escritórios da Hugo Boss pelo mundo. Foram utilizadas divisórias de vidro com caixilharia preta, com paredes revestidas em madeira Pinus. Desenvolvemos a marcenaria das mesas dos diretores, staff e reunião em cinza escuro.
Telas metálicas complementaram o tom industrial, trouxeram amplitude visual e deram personalidade ao escritório. Com uma malha não muito fechada, elas foram aplicadas em uma grelha metálica utilizada com um forro rebaixado e em um biombo na recepção, ambos com estrutura em tom cinza chumbo.
“Utilizamos esquadrias metálicas pretas foscas com grandes panos de vidro juntamente ao revestimento em folha de madeira pinus para as salas dos diretores”, contam as profissionais. Outro componente importante foi o piso laminado em placas de 50 x 50 cm, com um tom próximo ao cimento queimado.
Na recepção foi criado um forro rebaixado em marcenaria e tela metálica, com luminárias embutidas para reforçar o estilo industrial logo na entrada do conjunto. Como a laje nervurada do conjunto foi mantida exposta, sem revestimento, foi possível disponibilizar o pé-direito duplo da área do staff, que dá amplitude ao escritório.
Graças às grandes janelas, os ambientes recebem muita luz natural, minimizando o uso de iluminação exclusivamente artificial. As portas das salas de reunião e dos diretores foram feitas em vidro e os poucos fechamentos executados são permeáveis (malhas metálicas).
Nas demais áreas, o projeto de iluminação foi pensado para maximizar o aproveitamento das luminárias e pontos existentes, mantendo eficiência de iluminação. Há alguns spots mais potentes fixados junto à laje nervurada, além de pendentes em uma altura mais baixa e própria para o trabalho do dia a dia. Nas salas dos diretores e de reunião também há uma iluminação geral de ambiente e outra direcionada para a mesa, com exceção da sala de reunião do mezanino que tem um pé-direito mais baixo.
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