O grande desafio do escritório STA Arquitetura para o projeto arquitetônico do Hotel Sheraton Barra era ter o máximo de unidades com vista para o mar da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o que certamente valorizaria o imóvel e atrairia visitantes.
“Nossa inspiração foi a própria paisagem carioca, com a questão de viver ao ar livre, as ondas do mar e a brisa. A sinuosidade do edifício tem relação com a formação das ondas e o desenho que elas fazem na areia”, conta o arquiteto Marcos Sá. O escritório também se inspirou fortemente no estilo Art Déco da década de 1930.
A solução para que todos os apartamentos tivessem vista para o mar se deu por meio do foi design, baseado em um estudo detalhado das linhas de visibilidade. Todas as unidades foram distribuídas em um formato de espinha de peixe, gerando a vista e a privacidade da varanda. “Ao entrar no lobby do hotel, você vê o céu e a vegetação. Ele é diferenciado, tem muita relação com o exterior”, comenta.
O desenho dos corredores também foi importante para o design. Eles são fechados na parte frontal dos e, a partir de certo ponto, se bifurcam e se abrem. Assim, configuram um átrio coberto por uma claraboia que permite à luz natural chegar até o pavimento térreo, no centro do edifício. “Em geral, os corredores de hotel são compridos e longos. Fizemos em determinados momentos a circulação se dividir em duas, e em cada divisão tem uma claraboia. Isso faz com que o percurso seja agradável”, relata o arquiteto.
O Hotel Sheraton Barra é composto por duas torres com 14 andares e 308 apartamentos cada uma. O projeto conta com lobby, recepção, lojas, bar e restaurante, business center, salas de convenções e outros serviços localizados no térreo. Além de três níveis de subsolo com vagas para mais de 500 carros e área de lazer com piscina descoberta.
A autoria do projeto de interiores do Hotel Sheraton Barra foi dividida entre dois profissionais. As áreas comuns ficaram a cargo da designer Janete Costa, que, para resgatar a brasilidade, procura utilizar referências e objetos típicos do país, como artesanatos. Já as áreas privativas são fruto da criação de Mario Santos.
O hall e lobby criam toda uma ambiência de cidade litorânea, no qual a luz não é só zenital, o que sugere uma leitura diferenciada. O projeto luminotécnico também foi uma preocupação dos autores: as luminárias de parede trazem identidade para os quartos.
Na fachada, os arquitetos optaram por aplicar uma pastilha de porcelana, por ser um material durável e também por ser reflexivo, o que traz qualidade térmica. Outro motivo é pelo seu tamanho reduzido, que se adequa bem às curvas do exterior do edifício.
“Algo que vale a pena ressaltar é que, com a repetição das varandas curvas, conseguimos o barateamento de custo e o uso de vidro curvo. Isso valoriza a arquitetura e cria uma fachada dinâmica”, finaliza Sá.
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