Da antiga residência de estilo colonial preserva-se apenas a estrutura original. De resto, há uma profunda reforma que adéqua o programa de aparência rústica e ultrapassada à contemporânea sede de um grupo imobiliário. Como explica a arquiteta Ana Paula Barros, a primeira intervenção marcante foi na fachada. “As platibandas em placas concedem o toque atual e corporativo à edificação. Recebem as calhas e escondem os telhados termoacústicos de inclinação menor que substituíram as peças coloniais. Projetada para frente, essa estrutura avança em 1 m e cria o volume que demarca a extensão da casa, juntando os dois blocos que antes estavam separados”.
Antigas esquadrias dão lugar aos modelos de alumínio anodizado na cor aço corten que acompanham ripas de madeira de 2 x 2 cm na vertical, aplicadas à moldura para compor a fachada. Já a marquise que abriga a garagem é pintada de preto e agrupa brises com taras de madeira que isolam visualmente o espaço.
O projeto de paisagismo é na sua essência simples, mas adequado à nova tipologia do empreendimento. Destaca-se a piscina – transformada em um espelho d’água com borda em aço corten e revestida em pedras Hijau –, e os pisos em fulget.
“Não houve nenhuma alteração estrutural na planta. Apenas reorganizamos os ambientes dentro dos espaços originais. Alguns quartos se transformaram em salas, e o que era sala se transformou em hall de entrada. Em alguns espaços foi necessário deixar tudo aberto, uma vez que o projeto se deparou com pilares que não poderiam ser retirados. Os banheiros foram divididos em sua destinação masculina e feminina, enquanto a cozinha se transformou em copa”, conta.
Na recepção, as paredes e a mesa têm revestimento de freijó e mármore, e grande parte da distribuição conta com pisos de mármore travertino e madeira.
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