A união de quatro blocos distintos e unidos deu origem ao Edifício Aruá, na zona oeste de São Paulo. O projeto é de autoria do escritório de arquitetura FGMF, que conectou os volumes em forma de espiral – um é mais alto que o outro –, daí a inspiração para o nome do projeto, que em tupi significa caracol.
Segundo a equipe do escritório, a estratégia de cada volume ter gabarito diferente permitiu a criação de uma varanda com jardim na cobertura dos apartamentos, que é semelhante aos quintais de residências.
O prédio tem apartamentos com dois, três e quatro dormitórios, além de apartamentos dúplex.
No hall de entrada do Edifício Aruá, os arquitetos exploraram o uso dos pilotis de concreto aparente, que sustentam os volumes e ainda proporcionam um grande vão livre, resultando em uma edificação visualmente mais leve. Ainda no mesmo espaço, um grande painel de arte com ladrilhos hidráulicos – assinado pelo artista plástico João Nitsche – decora a entrada.
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A volumetria do projeto preocupou os arquitetos desde sua concepção, visto que a legislação urbana exige que algumas normas sejam seguidas, como projeção máxima permitida; delimitação da altura do edifício; distância mínima entre a edificação e o limite do lote, dentre outras.
Atendendo aos requisitos da legislação, os arquitetos criaram uma variação entre os volumes, além de projetar a fachada dos blocos com madeiras ecológicas e com acabamento em linhas retas.
A equipe conta que o resultado do projeto minimizou o impacto de uma construção carregada, e ainda harmonizou com as ruas do bairro, tornando a edificação mais amigável ao pedestre e menos poluída visualmente.
Marcando a passagem da área externa para a área interna do edifício, um pórtico de concreto aparente destaca-se na fachada e ainda serve de banco na calçada.
A fachada dos quatro blocos recebeu cores e acabamentos que diferenciaram uns dos outros, como a madeira e o concreto aparente. Uma delas – em que a varanda é totalmente aberta – é toda revestida com madeira em forma de decks. As outras possuem venezianas de correr com acabamento em madeira, que trouxeram ventilação e iluminação naturais, além de um acabamento moderno.
O resultado do projeto foi um edifício com design contemporâneo e com materiais sustentáveis.
O projeto do paisagismo foi realizado pelo paisagista Rodrigo Oliveira, que buscou usar nas fachadas várias espécies de plantas tropicais. As grades baixas no entorno do jardim permitem ao morador contemplar o espaço.
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