Com fortes traços de design contemporâneo, o Domani Business Center tem presença marcante na paisagem de Belo Horizonte (MG), em uma região com grande potencial econômica. O projeto arquitetônico é de autoria do escritório Farkasvölgyi Arquitetura, também situado na capital mineira.
“Objetivamos a implantação de um edifício comercial com solução plástica coerente ao entorno, harmonizado com os bens tombados e respeitando sua relação com a escala urbana”, comenta o arquiteto Bernardo Farkasvölgyi.
Para o escritório, desenvolver um empreendimento comercial é algo que oferece, do ponto de vista da arquitetura, maior liberdade e flexibilidade no trato do elemento urbano em comparação aos edifícios residenciais.
Uma das dificuldades encontradas pelos arquitetos ao longo da construção do Domani Business Center foi o fato do terreno ter uma casa tombada. Desta forma, o projete teve de ser construído no entorno dela e foi necessário preservar os elementos significativos que constituem seu contexto. O imóvel tombado se apresenta em primeiro plano, juntamente com seus jardins, sem nenhum tipo de interferência visual.
O vidro aplicado no embasamento acentua a identidade do imóvel tombado e sua visibilidade, e a ausência de muros e gradis ajuda na proposta, de forma que a relação entre o espaço público e o privado seja a mais tênue possível, norteando a reforma.
Outro contratempo encontrado diz respeito à altura do empreendimento. De acordo com a legislação da cidade, a existência da casa tombada impedia que o prédio ultrapassasse cinco metros. "Fomos atrás disso para negociar a construção e propusemos a implantação da torre com um grande recuo”, comenta Farkasvölgyi.
O terreno do Domani Business Center conta com 1.800 metros quadrados e recebeu salas e andares corporativos em 21 pavimentos, mais dois subsolos, tornando-se uma opção moderna para a instalação de empresas.
A área privativa dos pavimentos é totalmente flexível, uma vez que o investidor pode adquirir o andar corrido e desenvolver as divisões, especificações de acabamento e aproveitamento espacial que melhor atender às suas atividades comerciais.
“Usamos automação no projeto, nos sistemas de iluminação, elétrico, hidráulica, nível e status das bombas, gerador, porta de acessos, exaustão, ar-condicionado, irrigação e elevadores rápidos, com eficiente deslocamento e inteligente sistema de antecipação de destino e chamada”, conta o arquiteto.
A fachada do edifício Domani Business Center foi revestida com vidro e alumínio composto. O escritório de arquitetura trabalhou com duas tonalidades de cada material, sendo um na cor azul e outro na cor prata. O objetivo com as variações de material e tons foi realçar o arrojo estético. “Desenvolvemos essa proposta para a instalação da saliência em perfil de alumínio, aplicando sobre a fachada em planos triangulares e promovendo a iluminação cênica noturna”, relata.
Por fim, o escritório partiu para sugestivos desenhos de triângulos, que caracterizam a intenção do conjunto. “O nosso desenho intui para a sensação de ritmo, seja a partir das referências horizontais, rodeando o edifício em suas quatro fachadas, como também das referências verticais, criando as variações dos triângulos, salientadas pelas diferenciações de tons”, conclui Farkasvölgyi.
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