Logo Construmarket
Banner

Casa T&T

Casa T&T
A Casa T&T ocupa um terreno irregular em meio à natureza na cidade de Itaara, no Rio Grande do Sul. Imagens: Antonio Valiente
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T
Casa T&T

Chácara em região bucólica

Texto: Nathalia Lopes

Três estruturas com materiais e volumes direntes “descansam” sobre um terreno com um desnível de cerca de 20 metros, localizado em uma área cuja natureza é quase intocável, na pequena Itaara, no Rio Grande do Sul (RS).

Foi de uma forma quase poética que o escritório Q_arts arquitetura desenhou o projeto arquitetônico da Casa T&T. Posicionada em uma planície que surge na encosta, ela é praticamente invisível da rua e acessada por um caminho delineado pela própria topografia do lote.

O cenário bucólico somado ao desejo de que a residência ficasse “escondida” na natureza e à geometria solar definiram a distribuição das estâncias, a dimensão das aberturas das estruturas e a dimensão das paredes.

Pavimentos independentes

“A evidência da arquitetura em relação à paisagem foi justificada pelas referências que os moradores trouxeram para o início do processo de escolha de materiais, cores e padrões”, comentou a arquiteta Clarissa de Oliveira Pereira, que comanda o escritório junto com Arnau Muñoz Gallardo e Ana Paula Marzari Venturini. De acordo com Pereira, os clientes foram cocriadores do projeto.

Cada pavimento foi construído com um tipo de material e possui um acabamento. O primeiro, e maior, é de tijolinhos; o intermediário, de alvenaria convencional com acabamento branco; e o terceiro, menor, de concreto aparente. Os limites de tamanho para cada ambiente não foram delimitados e se tornam ainda mais difusos devido às grandes aberturas que trazem a natureza para dentro de casa.

Internamente, a separação das áreas social e íntima não é bem definida. “Desde o início, foi discutido se as estâncias deveriam ser integradas e que não seria necessária essa formalidade [divisória]. Era importante também estabelecer as salas de verão e inverno e a copa-cozinha em ambientes pequenos, porém articulados”, comenta Pereira.

A partir da liberdade de expressão, foram trabalhados ângulos de abertura dos planos para conseguir um único espaço. Os cômodos mais reservados, como os dormitórios, têm vista para o vale e não são visualizados da rua por conta dos murros altos. A incidência solar sobre essas faces é controlada com o uso de brises e varandas. “As reentrâncias que nasceram dessa configuração definiram a ideia de varanda-pátio, localizada na área externa”, explica a arquiteta.

O resultado é um projeto leve e fluído. “Foi uma casa projetada com muitas reticências, sem muitas certezas”, finaliza Pereira.

Veja outros projetos de e casas imersas a natureza na Galeria da Arquitetura

Canto dos Ventos, do G Arquitetura e Urbanismo

Casa da Figueira, do Stemmer Rodrigues

Residência CR, do Padovani Arquitetos

Escritório

  • Local: RS, Brasil
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área construída: 260 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados