Casa RHG

Ambientes para contemplação

Texto: Vitória Oliveira

O escritório Bernardes Arquitetura assina o projeto arquitetônico da Casa RHG, que está localizada em Guarujá (SP), cidade rodeada pela Mata Atlântica. O objetivo dos arquitetos era potencializar a conexão entre a arquitetura e a natureza. Assim priorizaram a bela vista para a natureza, tendo como pano de fundo o mar, além da incidência de luz solar nos ambientes.

O principal desafio da morada foi a sua implantação em terreno inclinado. A solução foi elevar pilares de concreto armado que sustentam a estrutura metálica da residência em dois pavimentos.

A materialidade da casa é definida principalmente pela presença constante da madeira nos pisos, forros, esquadrias e mobiliário, além de ser o sistema construtivo da cobertura.

O design de interiores foi projetado pelo escritório, que criou ambientes contemporâneos, buscando modernizar os espaços e oferecer uma sensação de aconchego que combina com o ambiente tropical.

Programa fluido

A madeira, presente nos mobiliários, teto e paredes, modernizou os ambientes Foto: Leonardo Finotti 

O pavimento de acesso abriga, além da cozinha, a sala de estar e sala de jantar, que tem suas fronteiras dissolvidas para o espaço externo quando as portas de correr se abrem para o solário e piscina, revelando uma grande área integrada com a vegetação e a vista para o mar.

O piso inferior é protegido, reservado e abriga cinco suítes, sala de tv, deck com hidromassagem, sauna e uma despensa. Os interiores foram pensados com mobiliário de grandes designers brasileiros como Sergio Rodrigues e Carlos Mota, além de criações em marcenaria da própria Bernardes Arquitetura.

A lareira suspensa e rotativa foi criada por Dominique Imbert e a poltrona "jangada" por Jean Gillon são destaques na sala de estar. Já a mesa com desenho do Bernardes Arquitetura e cadeiras “Lúcio” desenhadas por Sérgio Rodrigues são destaques na sala de jantar.

Contato com o verde

A natureza está por todos os lados! Ao redor da casa, nos decks de madeira, no térreo, no segundo pavimento e na entrada, onde há um caminho entre árvores com chão de pedra.

Os espaços abertos e integrados do bloco social recebem iluminação e ventilação naturais. Além disso, os arquitetos exploraram a ventilação cruzada, que possibilita a circulação do ar por todos os cômodos.