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Casa Petro

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A Casa Petro foi construída com princípios da arquitetura brutalista, que preserva traços simples e materiais crus como o concreto. Imagens: Carolina Mossin
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Estrutura brutalista flutuante


Texto: Nathalia Lopes

Em um terreno de 900 m² pousa uma estrutura de 380 m² elevada a 40 cm do solo e apoiada em vigas recuadas que intensificam ainda mais delicadeza de sua implantação. A construção é a Casa Petro, desenhada por Fernanda Padula, a partir de referências da arquitetura brutalista.

“A simplicidade conceitual e programática se une a uma simplicidade estrutural: duas lajes armadas, sustentadas por paredes pilares, todos aparentes”, comenta a arquitetura. Esses conceitos somam-se aos limitados materiais de construção: bambu e concreto – que dispensam a necessidade de reboco, pintura e revestimentos.

Cria-se, então, uma residência simples, econômica e que “visualmente parece flutuar”, como brinca a arquiteta.

Programa

“O formato do terreno permitiu uma implantação longitudinal da casa com permeabilidade espacial entre as duas principais áreas externas, como um pavilhão solto no jardim.” Neste espaço, Padula instalou pisos gramas, que preservam a área verde e mantêm a permeabilidade do solo. Graças a essa abertura para a área externa, a varanda prolonga-se tornando um convidativo espaço de convivência.

Após poucos degraus, chega-se ao programa coletivo do terreno: serviços, banho, cozinha, sala e escritório. Como por fora, esse espaço é completamente cru, o que, aliado à falta de divisórias, faz com que os ambientes pareçam maiores e dá destaque para os poucos móveis de design e uma mescla de madeira e basalto nas bancadas.

No segundo andar fica a área íntima, onde o quarto e o banheiro principal se abrem para uma laje (a cobertura da varanda) que serve como um mirante, proporcionando uma bela vista para as copas das árvores do jardim.

Sala de estar Foto: Carolina Mossin 

Materiais

As fachadas nascem da própria estrutura de concreto desenformada com esquadrias de aço corten e vidro. Paralelo a isso, foi decidido incluir o bambu em formato de painéis – que durante o dia filtram a luz no interior da casa, criando uma textura de luz e sombra e, à noite, transformam as caixas em grandes lanternas que iluminam o terreno.

Devido ao uso abundante do vidro, toda a casa é bem iluminada. Os ambientes que não são alcançados pela iluminação natural contam com spots cênicos que ficam expostos em uma estrutura de ferro galvanizado aparente.

Toda a casa possui aquecimento solar e grandes aberturas, proporcionando conforto térmico. Além disso, conta com um reservatório de 10 mil litros para captação da água da chuva.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2017
  • Conclusão da obra: 2018
  • Área do terreno: 900 m²
  • Área construída: 380 m²

Ficha Técnica

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