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Casa LA

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A Casa LA, projetada pelos escritórios Esquadra Arquitetos e Yi Arquitetos, se destaca pela composição volumétrica resultante de três blocos principais desiguais. Imagens: Joana França
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Volumes em sincronia

Texto: Thais Matuzaki

Desde a fachada frontal, a Casa LA já se destaca pela composição volumétrica resultante de três blocos principais: sala de TV e suíte de hóspedes, pavimento superior e, entre eles, a circulação vertical. Os responsáveis pelo projeto, Esquadra Arquitetos e Yi Arquitetos, complementaram o conceito arquitetônico com materiais funcionais, porém, de forte apelo estético, como painéis de madeira e chapas perfuradas.

Localizada no Condomínio Jardins do Lago, em Brasília (DF), a residência foi implantada num terreno com declive de, aproximadamente, dois metros entre a cota mais alta (rua) e a mais baixa. Além de resolver a topografia do lote, o arquiteto Filipe Monte Serrat buscou posicionar a garagem sem ocupar grande parte da fachada. “Com 17,5 metros de frente, tínhamos a intenção de liberar a face principal.”

Isso foi possível devido à inclinação da gleba, que permitiu a distribuição do programa em três andares. O térreo ficou nivelado com a cota do acesso principal, por sua vez definido por um grande platô que começa na calçada e se estende até a área de lazer através de uma laje. Com piso de concregrama, uma rampa lateral direciona os veículos ao subsolo onde esconde-se a garagem, enquanto um bloco superior abriga os dormitórios.

Blocos desiguais

A disposição dos volumes principais foi a grande sacada do projeto arquitetônico da Casa LA. Voltado para rua, o bloco que acomoda a sala de TV e a suíte de hóspedes é o primeiro a se destacar em função dos painéis pivotantes de madeira ipê. “Eles reforçam a franca relação da residência com a rua e ainda protegem os ambientes internos do sol da tarde sem impedir a visão para o exterior”, comenta Serrat.

A Casa LA, projetada pelos escritórios Esquadra Arquitetos e Yi Arquitetos, se destaca pela composição volumétrica resultante de três blocos principaisFoto: Joana França

À frente dali, um generoso jardim (formado por grama amendoim) cerca o espelho d’água que reflete os painéis de madeira. Segundo o arquiteto, essa “piscina” também cumpre um papel funcional, pois ameniza o clima predominantemente quente e seco de Brasília.

Mas o elemento que determinou a volumetria da residência foi o bloco superior, onde alojam-se as três suítes. Recuado em relação à rua e ao conjunto frontal, ele repousa de um lado sobre o muro que conduz ao acesso principal do térreo e do outro sobre o bloco de serviço e cozinha (posto à margem). Serve de amparo, ainda, aos demais ambientes que configuram o térreo (salas de estar e jantar), exceto à varanda gourmet protegida sob a pérgula metálica.

Pátio decorativo e funcional

O corpo suspenso cria um vazio entre a área social e o volume frontal, que foi ocupado por um jardim interno ao ar livre e suas palmeiras. Na visão do arquiteto, o espaço tornou-se fundamental para a iluminar e ventilar os espaços internos naturalmente. Ao fundo, um painel de azulejo – desenhado pelo próprio proprietário – alegra as paredes, que podem ser vistas desde a piscina.

Nesta área também se encontra a circulação vertical da Casa LA. Ela ocorre através de uma torre com escada engastada em pilar central que, ao mesmo tempo, sustenta a laje técnica e as caixas d´água. O conjunto, revestido de vidro e chapa perfurada, confere a privacidade necessária sem perder a transparência. “À noite, esses elementos vazados geram um belo efeito luminoso à residência”, finaliza Serrat.

Escritório

  • Local: DF, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área do terreno: 700 m²
  • Área construída: 370 m²

Ficha Técnica

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